quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

UMA MULHER PODE SER PASTORA?

Uma mulher pode ser "Pastora"? Bom, a resposta bíblica é NÃO.

Sei que em muitos lugares ditos "evangélicos" encontramos mulheres exercendo a função pastoral, mas essas igrejas não tem o apoio bíblico e como hoje a moda é o pragmatismo religioso, então não importa, para eles, se seus atos são bíblicos ou não, pois o que importa é o que aparentemente dá certo, ou funciona, etc.


Veja alguns argumentos pragmáticos:

- tem mulher que prega melhor do que homem;

- isso é machismo, o apóstolo Paulo era machista;

- naquela época era proibido, mas agora os tempos mudaram e as mulheres exercem também cargos de liderança;
- onde tem mulheres na liderança os resultados são melhores do que onde tem só homens;
- Raquel era pastora e Débora era Juiza, etc...

Bom, creio que alguns dos argumentos acima tem até algum sentido no pensamento humano, mas a questão aqui é a seguinte: o Ministério Pastoral Feminino tem apoio nas Escrituras? 

Antes da análise bíblica quero ressaltar que o "ministério feminino" é bíblico, encontramos nas Escrituras muitas mulheres que ajudaram e cooperaram em muito no Reino de Deus. Jesus tinha auxiliadoras, mulheres piedosas que o ajudavam em seu ministério. Paulo também tinham mulheres de Deus que o ajudavam e cooperavam com a obra de Deus, facilitando seu Ministério.

Em todo o tempo a Igreja contou com mulheres piedosas e ajudadoras.  Mas, não confunda Ministério Feminino como Ministério PASTORAL. Não há base bíblica para o ministério pastoral feminino, então vejamos:

Em primeiro lugar, Jesus nunca separou apóstolas, mas apóstolos, mesmo tendo várias mulheres que o auxiliavam e o seguiam, em seu ministério terreno.

Em segundo lugar, Paulo, o grande apóstolo e doutor da igreja, nos ensina partindo dos seguintes pressupostos para o porquê Deus não permitir a ordenação pastoral feminina, vejamos:

"Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva. E Adão não foi enganado, mas sim a mulher, que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora" (1 Timóteo 2:12-14).

Paulo deixa claro aqui que a mulher não pode ter autoridade, ou seja, exercer uma função de autoridade sobre o homem. Uma "pastora" subentende-se que tem que exercer função de autoridade sobre homens. Mas, diante da negativa, Paulo então justifica suas orientações baseado nos princípios divinos, descritos no texto, vejamos: 

- princípio da criação - "porque primeiro foi formado Adão e depois Eva".
Paulo evoca o princípio da criação, ou seja, o homem veio primeiro, então Deus deu a função de autoridade ao homem e não a mulher.
- princípio do pecado - "E Adão não foi enganado, mas sim a mulher, que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora".
A mulher pecou primeiro e depois levou Adão a pecar também, então Deus decide que a mulher não tenha função de autoridade sobre o homem e/ou marido. 


Portanto, isso é questão de princípio divino e nunca por causa de "machismo" ou outra coisa qualquer, apenas principio divino. É Deus que quer assim.

Sabemos que a mulher não é menos capaz do que o homem, ou menos inteligente, etc; mas simplesmente por um princípio da vontade divina. Quem não atende essa vontade soberana de Deus está pecando.

Já em I Co 14, quando Paulo fala da ordem e decência no culto, ele orienta que a mulher não deve falar na igreja:
"As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. Se quiserem aprender alguma coisa, que perguntem a seus maridos em casa; pois é vergonhoso uma mulher falar na igreja". (1 Coríntios 14:34,35). Bom, baseado no contexto bíblico de I Tm 2. 12-14, e em outras passagens correlatas, esse falar seria em tom de ensinar (doutrinar), com autoridade maior, como se fosse o ancião, o líder, o pastor, etc. Então, por questão de ordem no culto, a mulher não pode ensinar como se fosse o ancião (pastor) da igreja.

As mulheres sempre tiveram espaço no culto, elas podem pregar, podem "ensinar", mas não como Ministro ordenado, e isso não as impedem de ajudarem no Reino de Deus, de Evangelizar, de Testemunhar sua fé; mas por questão de ordem no culto, nunca a função de ensinar, falar, como se fosse o pastor (pastora); função essa de autoridade espiritual, sobre a igreja de Cristo, e isso é por princípio divino, veja ainda: 
"Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos" (Ef 5.23,24). 


Em Efésios 4.11, Paulo também orienta sobre os dons ministeriais e diz que Deus dá a igreja, veja isso, quem dá a Igreja é DEUS: APÓSTOLOS, e não apóstolas, EVANGELISTAS, PROFETAS, PASTORES, e não pastoras e DOUTORES e não doutoras.



Em terceiro lugar, Paulo orientando Timóteo, no tocante, a separação na igreja, para a função episcopal, ou seja, bispos ou pastores, disse:
"É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher" (1 Timóteo 3:2). Entendeu? Isso aponta para a separação de homens, veja as palavras, BISPO e não Bispa... MARIDO de uma mulher e não esposa de um homem.


Em quarto lugar, os apóstolos, os pais da igreja, os reformadores, e mais, em nenhum momento da história da igreja de Cristo, houve a separação de mulheres ao ministério pastoral, pois era de entendimento geral essa impossibilidade bíblica. Lembremos que essa "moda" surgiu com o advento das neo pentecostais, junto com suas heresias e distorções bíblicas, influenciados pelo movimento feminista (1970 para cá).

Em quinto lugar, mulheres como Débora e Raquel não podem ser usadas como exemplo de ministério pastoral, e por quê? Ora, Débora foi "profetiza" e isso não era função sacerdotal; Débora também foi "Juiza" que era uma função pública, politica e não sacerdotal, logo não era função religiosa, tipica pastoral.

Já Raquel, era pastora, literalmente, de profissão, ou seja, cuidava de ovelhas, animal mesmo, portanto nem de longe era uma função ministerial e espiritual.

Lembremos que os sacerdotes da Antiga Aliança eram todos homens, porque seguiam o mesmo princípio de autoridade espiritual exigido por Deus.

E por último, o fato de uma mulher pregar isso não lhe outorga o direito a função pastoral, ou seja, ela pode pregar, falar bem, ter muito conhecimento bíblico, mas a função pastoral, biblicamente falando, é função exclusiva para homens, chamados e vocacionados por Deus. 

Concluo, dizendo o mesmo que Paulo deixa escrito para a igreja de Corinto, quando a orienta sobre a ordem no verdadeiro culto a Deus:
"Acaso a palavra de Deus originou-se entre vocês? São vocês o único povo que ela alcançou? Se alguém pensa que é profeta ou espiritual, reconheça que o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor. Se ignorar isso, ele mesmo será ignorado... Mas tudo deve ser feito com decência e ordem". (1 Coríntios 14:36-38,40). Obs.: Quando Paulo cita profetas, incluiu as mulheres também - I Co 11.5; At 21.9. É isso.

Que Deus em Cristo nos abençoe e nos ajude a sermos obediente a sua Palavra. 

Sola Scriptura

Pr Pedro Pereira

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