terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O VERDADEIRO AMOR

O Apóstolo Paulo dedica um capítulo inteiro da carta aos coríntios para falar do verdadeiro amor

vejamos com leitura do texto o que poderemos aprender com o velho Apóstolo: "o AMOR é muito paciente e bondoso; nunca invejoso ou ciumento; nunca é presunçoso, nem orgulhoso; nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem...se você amar alguém será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, e sempre se manterá na sua defesa." I Co 13.4-7 (Edição Ilustrada do N T Vivo). 

Se o nosso dito "amor" estiver fora desses padrões, certamente não é o verdadeiro amor.

Com isso podemos concordar que no tocante ao AMOR ensinado por Deus, ou seja, o verdadeiro amor não é:

1. Ter amor não é ter ciúmes.
A sociedade em que vivemos nos ensina que quem ama sente ciúmes, porém o ciúmes aqui não é o mesmo sentido, como traduzido do grego "zêlos", que significa cuidado ou zelo, na carta de Tiago: "Ou supondes que em vão afirma a Escritura: E com ciúmes (zelo) que por nós anseia o Espírito, que Ele fez habitar em nós?". Tg 4.5

O texto acima retrata do cuidado que o Espírito de Deus tem conosco, pois o próprio contexto da carta nos traz a real compreensão quando Tiago, o justo, irmão de Jesus, ensina a nos separarmos do mundo (sistema controlado e dirigido pelo diabo); no seu argumento ele quer dizer que quem faz aliança com o sistema dirigido e controlado pelo diabo é inimigo de Deus, com isso o Espírito Santo que habita em nós não nos quer inimigos de Deus, por isso cuida, zela e até intercede por nós. O problema encontrado é que o nosso vernáculo, ou seja, a nossa língua é "viva" e muda de sentido, ou traz uma conotação diferente com o passar dos anos. O vocábulo ciúmes no tempo em que foi traduzido o texto significava também zelo ou cuidado, porém hoje esse sentido se enfraqueceu e tem destaque apenas o sentido negativo, como um sentimento doloroso de inveja, ou de posse exclusiva e egoísta, sentido completamente oposto ao espírito das Escrituras e ao caráter do Espírito Santo.

Já na sociedade hodierna o que impera é o sentimento negativo, que as vezes é até incentivado por alguns "ditos cristãos" de forma arbitrária, como se isso fosse coisa boa, quando na verdade é apenas fruto de uma vida carnal e longe de Deus. O verdadeiro Amor vem de Deus e é um sentimento que deve ser desenvolvido através do fruto do Espírito Santo, como descrito por Paulo em Gálatas "Mas o fruto do Espírito é AMOR..." Gl 5.22. Porém o fruto da carne, que desagrada a Deus, é exatamente o contrário "Ora as obras da carne são conhecidas e são: ...inimizades, porfias, CIÚMES, iras, discórdias, dissensões, facções...e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o Reino de Deus os que tais coisas praticam. " Gl 5. 19-21. 

O ciúmes, nesse texto, é carnal, alimentado pelos demônios, destrutivo, possessivo, sufocante, egoísta e só faz o mal. Destrói vidas, destrói casamentos, destrói amizades, destrói alianças, destrói tudo o que atinge. 

Mas o ensino bíblico, nossa regra de fé e conduta, nos ensina que o AMOR verdadeiro "...é muito paciente e bondoso; nunca invejoso ou ciumento...nem egoísta". Traz o bem, a paz, a alegria e onde atinge constrói vidas, relacionamentos, casamentos amizades, alianças, etc. É saudável, é de Deus, vem de Deus e alegra a Deus.

2. Ter amor não é guardar rancor ou ser vingativo
O amor verdadeiro não guarda rancor, diz o texto bíblico. Quem ama tem disposição para perdoar, não guarda raiva, não pensa em vingança, não busca fazer o outro sofrer; mas é longânimo, ou seja, sempre pronto para perdoar, pois nele habita o Espírito "Mas o fruto do Espírito é AMOR...longanimidade...mansidão e domínio próprio." Gl 5.22. Precisamos aprender a verdadeiramente amar.

3. Ter amor não é ser infiel.
A bíblia nos ensina que quem tem o verdadeiro amor não trai, é fiel, custe o que custar, veja: "...se você amar alguém será leal para com ele, custe o que custar...". A fidelidade nesse caso é algo espontâneo, voluntário, prazeroso, pois o amor que permeia seu coração o leva a isso; não é algo forçoso, não é por medo, ou por pressão, ou por imposição. Muita gente erroneamente acha que a vigilância exagerada, a pressão, o sufocamento, as cobranças sem limites resultarão na fidelidade de alguém; ledo engado, pois quem mantém uma pessoa fiel a outra é simplesmente o AMOR verdadeiro. Quem ama, ama e isso não é fruto de imposição, mas inerente da pessoa. Quem ama é leal, custe o que custar, simplesmente assim.

4. Ter amor não é ter desconfiança, alimentar desconfiança.
Veja o que a bíblia nos ensina: "Se você amar...sempre acreditará nele, e sempre se manterá na sua defesa". 
Um relacionamento saudável, prazeroso é baseado na confiança. Isso serve tanto para o casamento, ou amizade, ou namoro, etc. Certamente o ingrediente principal de um relacionamento é a confiança mútua. Ou confio ou não confio, não existe meio termo. Agora se há o verdadeiro AMOR ai há confiança, você acredita e mais ainda, sempre se manterá em sua defesa, pois é assim que o texto sagrado diz "...sempre se manterá na sua defesa...". Além de acreditar, sairá em sua defesa, pois confia, pois ama. 

Todo sentimento contrário ao exposto acima não é AMOR verdadeiro. Pode ser qualquer coisa, menos AMOR verdadeiro. 

O importante é sabermos que o AMOR verdadeiro não mata, não sufoca, não trai, não faz o outro sofrer, não se vinga, não é egoísta, não é possessivo, não é maldoso, não é invejoso, não é malicioso, não é fruto da carne, não destrói, não é orgulhoso, enfim não prejudica e nem faz o mal. 

Mas como posso amar de verdade? Pode alguém perguntar. A resposta é simples só AMA de verdade que é dirigido pelo Espírito Santo, quem dá lugar a Deus em sua vida, quem ora por isso e pede a Deus que desenvolva em si o fruto do Espírito. Busque a Deus, viva com Deus e Ele nos ensinará a AMAR de verdade. 

Aprendamos com o Apóstolo João, conhecido como o Apóstolo do amor:
"Não ameis o mundo, nem o que  há no mundo. Se alguém ama o mundo o AMOR do Pai não está nele" I Jo 2.15
"Aquele que não AMA não conhece a Deus, pois Deus é AMOR" I Jo 4.8
"...Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado" I Jo 4.12

Que Deus nos abençõe e nos ensine a amar. E que da próxima vez que dissermos "Eu Te Amo", possamos considerar: será que amamos mesmo?

Soli Deo Glória.

Pr Pedro Pereira



sábado, 28 de janeiro de 2012

SER PASTOR

Não deveria haver diferença entre o ser Pastor nos tempos bíblicos do A.T. e N.T., com o ser pastor na atualidade. A atividade pastoral, em muitos lugares está distante do ideal bíblico. Como já escrevi, as ovelhas estão sendo trocadas pelas coisas. Mesmo que as coisas sejam para o bem das ovelhas, o contato pessoal, a visitação, o aconselhamento, a pregação e o ensino não podem ser banidos das atividades cotidianas de um pastor. 


O ministério pastoral é um ministério de contato pessoal, e não de gerenciamento a distância. O perfil do pastor bíblico é o de alguém que entra no aprisco, e não que manda outro em seu lugar (Jo 10.2), as ovelhas reconhecem a sua voz (Jo 10.3), chama as ovelhas pelo nome (Jo 10.2b), as conduz com responsabilidade (Jo 10.2v), dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11), conhece as ovelhas, ou seja, goza de amizade e intimidade com elas e por elas é conhecido (Jo 10.14).

Com o advento da Reforma Industrial, com o modelo capitalista de economia e com as modernas teorias de administração, alguns segmentos da igreja, inseridos neste contexto mundial, como sempre aconteceu, pois a igreja não está isenta da influência cultural externa, acabou adotando o modelo "piramidal" e "departamental" de administração. 

Por "piramidal" entenda-se uma forte ênfase administrativa na hierarquia e um distância crescente de quem está no topo da pirâmide (pastores) dos que estão na base (membros e congregados). No meio da pirâmide ficaram os evangelistas, presbíteros, diáconos e líderes em geral.

Por "departamental" trato da criação de departamentos (como nas fábricas, lojas, comércio e indústria). Dessa forma temos os departamentos infantis, juvenis, de senhores, de senhoras, de evangelização, de educação, de música etc.

O modelo de igreja família e comunidade doméstica, típico do Novo Testamento, ao longo dos anos dissiparam-se. 

O atual modelo pode ser aproveitado? Acredito que algumas coisas sim, desde que norteadas pelos princípios bíblicos. O argumento de que a igreja cresceu, não significa necessariamente que cresceu com saúde. Não são apenas modelos que fazem a igreja crescer, antes, é o próprio Deus que faz a sua igreja crescer nas mais diferentes circunstâncias ou situações (At 2.47; 1 Co 3.6).

Não bastasse as questões (serviços) locais, ainda temos a política eclesiástica que acaba afastando alguns pastores da sua cidade, estado ou região. Alguns, em períodos de eleições convencionais privam a igreja de sua presença partindo em busca de apoio e votos para cargos que não mais produzem o que já produziram. Tempo e dinheiro são na atualidade gastos em vão.

Entendo que uma análise (e auto-análise) séria e profunda da situação poderia mudar o quadro, para que o ministério pastoral retomasse o seu real propósito: "Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas." (Atos 6.2).

Apenas pastores saudáveis ministerialmente poderão conduzir de maneira saudável o rebanho do Senhor: "Tenho, porém contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas". (Ap 2.4-5)

Honra e obediência é devido aos verdadeiros pastores (Hb 13.7 e 17). Oremos por eles, pois precisam de nossas orações (1 Ts 5.25)!

* Extraído do blog do Pr Altair Germano - Pastor auxiliar da Assembleia de Deus em Abreu e Lima-PE, Teólogo, Pedagogo, Vice-Presidente do Conselho de Educação e Cultura da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, 2º Vice-Presidente do Diretório Estadual em Pernambuco da Sociedade Bíblica do Brasil, conferencista e escritor.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

EU TENHO UM SONHO

Outro dia assistindo um vídeo sobre o pastor americano Martim Luther King, escutei sua frase memorial que inspirou a muitos e até hoje inspira "Eu tenho um sonho". 

Eu também tenho um sonho que já compartilhei com alguns amigos, talvez seja simples para alguns ou mesmo sem importância para outros, mas para mim é realmente um sonho.

Sonho com uma igreja que priorize três aspectos: Adoração a Deus, Evangelismo e Discipulado, e Ajuda Mútua. 

Não sonho com uma igreja que prioriza o enriquecimento (rápido e estranho, para não dizer ilícito) do seus Líderes, parece que cada vez estão mais ricos. 

Não sonho com uma igreja que prioriza o legalismo dos costumes em detrimento a Palavra de Deus, para eles o que mais importa é a aparência externa, o "uniforme evangélico", mais do que o coração, ou seja, o homem interior, pois na verdade esse tipo de legalismo mais servem para dividir o corpo de Cristo do que uni-lo, propicia a criação de duas classes de crentes, os "santarrões" e os "rebeldes", os crentes de 1ª categoria (os adeptos dos costumes e usos) e os crentes de 2ª categoria (os que resistem os costumes e usos desnecessários); não estou criticando os que com sinceridade querem servir a Deus com um fardo mais pesado, mas menciono aqueles que por fora aparentam uma "santidade", porém por dentro estão cheios de inveja, murmuração, contenda, fofoca, mexerico, falso testemunho, mentira, ira, rancor, vingança, amor ao dinheiro, espírito de emulação, etc...não se assustem mas é a pura realidade, pois vivem um cristianismo distorcido, não de vida parecida com Cristo, mas de vida parecida com os Fariseus.

Não sonho com uma igreja que prioriza grandes construções faraônicas, que na verdade não passam da pura vaidade dos seus Líderes em deixar suas marcas, seus nomes, impressionando a outros com intuito da velha aparência de sucesso e disputa meramente capitalista; tudo isso é feito debaixo de grandes pressões sobre os dirigentes das congregações (inclusive com ameaças de troca-los ou tira-los da frente do trabalho da igreja) e que acabam revertendo essa pressão ao povo da congregação em busca de dinheiro...dinheiro...dinheiro...mais dinheiro e por fim dinheiro. Nessa desenfreada busca de recursos vale tudo, inclusive distorcer textos sagrados, com jargões e palavras de efeito, para embasarem a arrecadação do "necessário" dinheiro, como por exemplo, quem não ofertar é "ladrão", pois esta roubando a Deus; a "maldição" o seguirá; as "janelas do Céu se fecharão para você"; o "destruidor vai te alcançar"; se não ofertar vai "gastar com farmácia", etc, etc, etc... e todas essas besteiras que ouvimos; já o povo com medo de tantas maldições dá até o que não pode, a ponto de deixar a família sem o pão, outros até deixam de pagar suas contas, tudo por medo, parece até que a história se repete, pois somos obrigados a lembramos dos tempos de trevas, antes da reforma, a chamada "indulgências".

Não sonho com uma igreja que prioriza os crentes abastados ou mais ricos, em detrimento aos mais humildes. O tratamento dos crentes de "dízimos gordos" é descaradamente diferenciado dos crentes  "dizimistas magrinhos" ou que não dizimam. Os dizimistas do "dizimo gordo" são convidados para os melhores lugares; chegam rápido "demais" ao ministério, mesmo sem a nítida vocação ministerial; são visitados constantemente, em detrimento aos humildes que por vezes nunca foram e/ou nunca serão visitados pelo seu "Pastor"; as vezes se chega até ao cúmulo de que se ambos pecarem o "dizimista gordo" em muitos lugares terá direito a privacidade, ou seja, ninguém (o povão) ficará sabendo e sua disciplina que se limitará a uma conversa amigável no gabinete pastoral; agora o humilde, o "dizimista magro" terá seu pecado exposto publicamente num culto de doutrina qualquer, sua disciplina será por longos meses, pois terá de dar testemunho de "arrependimento" e sua volta a "comunhão" será pública, acompanhado, sem dúvida, de um "sermãozinho" na frente de todos para que se envergonhe e não "volte a pecar".

Não sonho com uma igreja que prioriza o amor as coisas em detrimento as pessoas, ou seja, amam as coisas e usam as pessoas, neste caso as pessoas são tratadas como números, como meros instrumentos de manipulação de Líderes ditadores e dominadores. 

Tenho muito temor quando lembro daquele versículo que Jesus diz aos Fariseus "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós." Mt 23.15. 

Mas me sinto instruído quando leio " Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória." I Pd 5.2,3,4.

Mas como eu disse sonho com uma igreja que resumidamente prioriza três aspectos:

1º - Adoração a Deus.
A Adoração verdadeira a Deus é aquela que exalta as qualidades, caráter, santidade, onipotência, onipresença, onisciência de Deus, imutalidade e eternidade de Deus.
A adoração que sai de adoradores que adoram a Deus não pelo que Ele pode dar, mas pelo que ele simplesmente é, DEUS.
Estamos atravessando momentos onde nossa adoração a Deus se tornou na verdade uma exaltação do que ele pode fazer aos homens,  ou seja, o centro da atenção é o homem e não Deus. As frases dos nossos cânticos e pregações expressam desejos de vitória financeira, de sermos destacados, de sermos cabeça, de conquistas pessoais, etc. Deixo claro que não sou contra ter vitórias pessoais, eu também quero, o que condeno são os exageros, a ênfase ao secundário, pois num culto de adoração a Deus, a prioridade é exaltá-lo, agradecê-lo, amá-lo, desejá-lo, etc, ou seja, DEUS é o centro das atenções.
Notemos o que Jesus disse no Sermão do Monte, concluindo o que Ele espera dos súditos desse Reino: "Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?(Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadasNão vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal". Mt 6. 31,32,33,34.

2º - Evangelismo e Discipulado.
Uma igreja sadia evangeliza, vai em busca das almas. No tocante as estratégias para alcançar essas almas, creio que isso é o que menos importa, se é evangelismo em massa, pessoal, através do rádio, televisão, imprensa escrita, isso não importa, o que importa é cumprir o ide de Jesus.
Uma igreja sadia além do evangelismo, também discípula, ou seja, ensina seus membros. Ensina a sã doutrina. O Ensino é como uma vacina contra as doenças e propicia um crescimento sadio do corpo de Cristo.
Quando digo "sã doutrina", digo ensinar a verdade e não ensinar o que convém, com distorções dos textos bíblicos para favorecimento próprio, como diz as Escrituras "Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada...". I Tm 4. 1,2.
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas." II Tm 4. 3,4.

3º - Ajuda Mútua.
Uma igreja segundo o coração de Deus, conforme os projetos divinos é uma igreja que prioriza a solidariedade. O verdadeiro cristianismo se resume em "doar-se a si mesmo por outros". Vejamos a igreja primitiva, a nossa Mãe, fundada por Cristo e dirigida pelos Apóstolos de Cristo:
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comumE vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos." At 2. 42-47.
"Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comunsCom grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade." At 4. 32-35.
"Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diáriaE os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço." At 6. 1-3
"A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo." Tg 1.27.
"Assim, pois, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samária, tinha paz, sendo edificada, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicava." At 9.31.

Isso não é utopia, isso é cristianismo. 

Soli Dei Gloria!

Pr Pedro Pereira