sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ORAÇÃO FORTE?

Certo dia ouvi um irmão dizer: "vamos fazer uma oração forte e Deus irá abençoar...". Oração forte?


Com o advento das Neo Pentecostais, ou seja, as novas igrejas que trouxeram uma nova versão do pentecostalismo, o que difere em muito do pentecostalismo clássico. É bom ressaltar para que não haja confusão que as Neo pentecostais nada tem haver com o Pentecostalismo clássico, nem na liturgia, nem na doutrina, nem na orotodoxia e nem na orotopraxia.

Além das inovações perigosas como a teologia da prosperidade, a rejudaização do culto, o pragmatismo religioso, praticam um sincretismo religioso muito acentuado.

Temos observado algumas expressões "estranhas" as Escrituras ou a doutrina ortodoxa. Essas expressões "diferentes" tem, infelizmente, influenciado muitas outras igrejas, devido o poder de comunicação que essas comunidades tem exercido na mídia, como por exemplo as expressões: sessão descarrego, encosto, rosa ungida, sabonete ungido, consulta a ex mãe de santos, sal grosso, água ungida, etc., dentre essas encontramos também a expressão ORAÇÃO FORTE.

Analisemos do ponto de vista bíblico, existe oração forte? Ora sabemos que basicamente oração é um clamor, um pedido, uma intercessão do mais fraco para o mais forte, ou seja, do homem para Deus. A oração é o meio de comunicação que liga o homem a Deus, logo a oração não é forte, nem fraca. Mas, simplesmente, a comunicação do homem fraco a um Deus forte. Concluimos então, que quem é forte é Deus e não a oração.

Essa expressão "oração forte", na verdade vem da expressão "Reza-brava". A Reza-brava, segundo o dicionário é uma Reza forte, oração para pedir graça a si próprio, ou para fazer ou desfazer malefícios; expressão muito utilizada no meio do espiritismo baixo. Pasmem, mas pelo sincretismo religioso essa expressão, disfarçada de oração forte, vem sendo utilizada no meio Neo pentecostal, como outras expressões, acima citadas, todas tiradas do misticismo, espiritismo, etc.

Irmãos amados, não precisamos de oração forte, mas precisamos de um Deus forte. Quando fomos regenerados por Deus, nos tornamos uma nova criatura e deixamos para trás todo o pecado, superstições e misticismo que nos rodeavam; e tudo se fez novo (II Co 5.17). 

"Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz".( Ef 5.8)

Que Deus nos abençoe. Oração é só um clamor, uma petição; Forte é Deus, pois toda honra e toda glória pertencem a Ele.

Soli Deo Glória

Pr Pedro Pereira

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AS CARACTERÍSTICAS DO PREGADOR PORTADOR DA VERDADEIRA MENSAGEM DE DEUS

Ouvimos tantas mensagens e são tantos pregadores que se dizem portadores da mensagem de Deus que resolvi fazer uma breve reflexão sobre esse tema. Para melhor compreensão quero destacar algumas características do pregador que traz a verdadeira mensagem de Deus, partindo dos seguintes pressupostos:

Quando a mensagem vem de Deus:

1. O pregador estimula o fiel a esperar em Deus, a crer ou confiar em Deus, a submeter-se a vontade soberana de Deus, a permanecer firme independente das circunstâncias, com paciência e confiança inabalável na resposta de Deus (Sl 37.5; 27.14; Rm 8.24);

2. O pregador prega exatamente o que o texto diz, sem forçar uma interpretação tendenciosa, ou seja, expõe a verdade bíblica (Ap 22. 18,19; II Tm 4. 2-4);

3. O pregador estimula a verdadeira fé, pois a fé verdadeira leva o fiel a um relacionamento de confiança em Deus, nela o fiel é despertado a crer que Deus não falha, que controla tudo e que tem compromisso infalível com suas promessas. Lembrando que a Fé em Deus deve se basear numa promessa feita por Ele, ou seja, Deus cumprirá o que Ele prometeu, e não exatamente no que eu quero que seja feito, pois nem sempre o que eu quero é aquilo que Deus quer;

4. O pregador conscientiza o fiel que a benção alcançada não vem dos seus méritos próprios, mas simplesmente da bondade e misericórdia de Deus. Toda honra e glória deve ser atribuída somente a Deus (I Cr 29.10-16; Sl 136; Rm 11.6; I Co 1.20);

5. O pregador leva o fiel a entender que Deus é soberano, portanto ainda que a benção não tenha sido alcançada devemos permanecer firmes e glorificando o nome de Deus. Servimos a Deus pelo que Ele é e não por aquilo que Ele pode nos dar (II Sm 12. 16-20; Fp 4 12,13,20);

6. O pregador leva seus ouvintes a entender que o amor de Deus é maior que a nossa fé ou esperança, e que se faltar fé ou a esperança, ainda nos restará Seu amor incondicional (I Co 13.13);

7. O pregador leva o fiel a entender que o Reino de Deus está em primeiro lugar e não a nossa vontade própria (Mt 6.10);

8. O pregador leva todos a entender que como servos, seguidores de Cristo, não determinamos nada a Deus. Ele é o Senhor e eu sou o servo, portanto quem determina é Deus. Os servos pedem e clamam, e Deus pela sua bondade e misericórdia nos atende ou não (Mt 26.39; Lc 22.42; Lc 12.47; Fp 2.13; Hb 10.36);

9. O pregador leva seus ouvintes a compreender que não precisamos de amuletos, fórmulas mágicas, ou sacrifícios qualquer, pois para recebermos algo de Deus, basta pedir diretamente a Ele, pois se for da sua vontade Ele nos dará pela sua graça e bondade (Lc 11.19; I Jo 5.14; Mt 6.6);

10. Por fim, o pregador leva todos a perceberem e entenderem que ele é apenas um canal de Deus, um simples mensageiro, dependente inteiramente de Deus e não um astro, um super crente ou um "show mam" qualquer.

Concluímos, portanto que devemos estar atentos com os enganos desses pregadores e das suas mensagens falaciosas, que de forma sutil, afastam muitos da verdadeira fé. 

Que Deus nos abençoe, com as infinitas bênçãos da sua mão, mediante asua eterna graça e nos dê discernimento nesses últimos dias.

Soli Deo Glória

Pr Pedro Pereira

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O verdadeiro culto a Deus

Sabemos que o culto cristão é um serviço de adoração a Deus, ou ainda, é um período pré-determinado para homenagens, elogios ou veneração a Deus. 

Insisto nesse tema, pois em muitas reuniões evangélicas nossos cultos carecem desses elementos.

Em muitos lugares, infelizmente, alguns dirigentes de culto se comportam como "animadores de auditório", gritam de forma até histérica, gesticulam demasiadamente, forçam um sentimentalismo artificial, como um vale tudo para arrancar alguns “glórias a Deus” ou “Aleluias” do povo; o problema é que esses ditos “animadores de auditórios” acabam sendo um show a parte, viram protagonistas e não coadjuvantes.

Quero deixar claro que sou pentecostal por convicção, creio na manifestação do Espírito Santo no meio da igreja, mas de forma espontânea e verdadeira, e não como temos visto por ai, ou seja, um verdadeiro esforço para uma manifestação apenas externa e não do coração, isso para dar uma sensação falsa de espiritualidade ou satisfação do ego humano.

O dirigente do culto deve ser uma pessoa espiritual e deve conduzir o culto na direção do Espírito Santo, com ordem litúrgica, sem bagunça, sem gritaria histérica, sem desorganização, com discrição, sem chamar a atenção para si, mas levando o povo a olhar para Cristo, o verdadeiro centro e finalidade do culto.

O dirigente do culto deve ser um condutor discreto, a fim de levar os crentes a adoração a Deus, em espírito e verdade. Como disse João Batista “... é necessário que Ele cresça e que eu diminua...”. Jo 3.30.

O verdadeiro culto cristão deve ser centrado em Deus e não no homem. Muitos cultos hoje são antropocêntricos, ou seja, o centro é o homem. 

Observando os louvores e as pregações, percebemos que em muitos lugares tudo gira em torno do homem e das suas necessidades temporárias e materialistas. 

As pregações e os louvores são recheados de “autoajuda”, como por exemplo: você pode fazer, realizar, você consegue, você deve determinar e as coisas irão acontecer, você deve exigir de Deus... você...você... etc. 

Ressalto que a verdadeira mensagem é a da “Ajuda do Alto”, ou seja, você não pode, mas Deus pode... Você não tem, mas Deus tem; como disse Paulo “posso todas as coisas naquele (Deus) que me fortalece” Fp 4.13.

Isso posto, o verdadeiro culto cristão é quando nos reunimos, em nome de Jesus, para reconhecer sua glória e majestade, exaltar seu nome, adorá-lo na beleza da sua santidade, agradecer-lhe por tudo o que nos tem feito, destacar seus atributos divinos, reconhecer sua soberania e por fim adorá-lo em qualquer circunstância. Devemos lembrar que nosso Deus não divide sua glória com ninguém (Is 42.8) 

Servimos a Deus pelo que Ele é e não simplesmente pelo que Ele pode nos dar.

A igreja hoje está sendo tratada como um auditório, como um clube social, lugar de encontro, onde os dirigentes se tornaram "animadores de auditório" e ai vale tudo para animar a platéia. 

É um tal de levanta, senta, levanta, senta; canta de pé, canta sentado, canta batendo palma; canta pulando, canta dançando; em alguns lugares se ouve até assovios, luzes apagando e ascendendo; fumaça, etc. Vale tudo para animar a "galera". Meu Deus! Isso é culto?


Que os nossos cultos sejam racionais, que nossos cultos sejam espirituais; que nossos cultos sejam verdadeiros, ou seja, de adoração somente a Deus; que nossos cultos tenham espaço suficiente para ouvirmos Deus falar, através da sua Palavra Santa; que os nossos cultos sejam agradáveis a Deus e não shows para agradar a homens. Que nossos cultos sejam recebidos por Deus, e que Ele tenha misericórdia de nós.

Sola Gratia

Pr Pedro Pereira

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"Levitas" na igreja hoje?

Se me perguntarem sobre a existência de "levitas" na igreja hoje, certamente a resposta seria de forma direta e simples: NÃO EXISTE.

Existem pessoas na igreja que pelo simples fato de tocarem algum instrumento ou cantarem em suas denominações se autodenominam “Levitas”.

Parece que hoje virou moda atribuir esse título aos cantores ou aos músicos evangélicos em algumas igrejas

Ora certamente isso é fruto do desconhecimento das Escrituras, ou seja, por pura ignorância. Vejamos os principais motivos do porque não usar esse título, que no mínimo é inapropriado para a Igreja na Nova Aliança:

Primeiro, o Levita é um membro da tribo de Levi, no Antigo Testamento (Nm 1.47). Portanto, os levitas são descendentes naturalmente do povo judeu (Israel) segundo a carne, não sendo, nem de longe, uma função eclesiástica na Igreja de Cristo;

Segundo, a função de um levita não era somente cantar ou tocar música, embora pudesse alguns, fazerem isto também, mas a sua principal função era auxiliar o sacerdote na ordem com os utensílios do santuário (Nm 1.50-51). Eram utilizados como porteiros, carregadores, tesoureiros, faxineiros e todo o tipo de serviços gerais, tanto na época do Tabernáculo, como já no Templo construído (I Cr 9.26);

Terceiro, o ministério levítico estava inteiramente ligado ao sacrifício de animais do culto do Antigo Testamento (Nm 3.1-39), Porém, tanto o sacrifício, como o ministério dos levitas,foram abolidos com o Novo Testamento (Cl 2.14-17; Hb 8.6-7);

Quarto, a função de levita não era desempenhada por todos os membros da tribo de Levi, as mulheres e idosos, por exemplo, não podiam desenvolver esta tarefa (Nm 8:5-26). Dentro desse princípio se houvesse levitas ainda hoje ou se fosse um cargo eclesiástico as mulheres e os idosos não poderiam se autoproclamar levitas;

Por fim, sabemos que no Novo Testamento todos os cristãos são sacerdotes de Deus (1 Pd 2.9), isso no sentido de que todos temos acesso diretamente a Deus, através de Jesus Cristo.

Já o título de “Levita”, para uso na igreja da Nova Aliança, não será encontrado em parte alguma das Escrituras, muito menos sendo atribuído a músicos ou cantores. Portanto, considerar ou chamar alguém de "levita", hoje em dia, além de ser totalmente inapropriado, mostra um total desconhecimento das Escrituras.

Sola Scriptura

Pr Pedro Pereira

sábado, 13 de setembro de 2014

Teologia Reformada: Uma Breve Reflexão para Jovens Arminianos Simpatizantes das Ideias Calvinistas

Deus quer que todos sejam salvos, mas decide salvar apenas alguns.

Deus quer que todos se arrependam, mas concede o arrependimento apenas a alguns.

Deus quer que todos creiam, mas concede o dom da fé apenas a alguns.

Dessa forma, Deus diz que quer a bênção da salvação para todos, mas somente os predestinados poderão obtê-la.

Deus já decidiu quem vai para o inferno, e também como irá. Se através de uma morte rápida e não muito dolorosa, ou de uma morte lenta e bastante sofrida.

Preguemos o evangelho da graça para todos, embora tal graça  somente será eficaz para aqueles que Deus assim resolveu que fosse.

Deus muda a vontade de alguns para recompensá-los com a vida eterna, enquanto deixa a vontade de outros intocável para condená-los à perdição eterna.

Mesmo assim, não tendo escolha, pois Deus já escolheu tudo, sou moralmente responsável por minhas ações.

Sou um arminiano que amo, respeito e tenho muitos amigos calvinistas, mas que não concordo com ideias tão contraditórias e extremadas.

Aos jovens arminianos, simpatizantes das ideias calvinistas, a plena maturidade que somente é adquirida com o passar dos anos vos conduzirá a uma maior moderação em vossos posicionamentos e argumentos.

Predestinação e livre-arbítrio são realidades bíblicas que coexistem e não se excluem, desde que bem conciliadas.

Cuidado, pois uma grande paixão teológica, sem muita reflexão, pode resultar numa frustração na mesma proporção.

Uma inundação de textos para defesa do calvinismo geralmente surge diante das questões aqui expostas, mas vale lembrar que uma enchente de textos em defesa do arminianismo normalmente logo se segue.

Altair Germano, um perdido pecador, salvo pela graça de Deus em Cristo Jesus.

*Texto extraído do blog do Pr Altair germano

CADÊ OS NOSSOS CULTOS DE ENSINO DA PALAVRA DE DEUS?

Em muitos lugares, infelizmente, já não existem mais os cultos de ensino da Palavra de Deus e as reuniões de oração, porque foram substituídos pelas falaciosas "campanhas" e "correntes".

Sou contra essa onda de "campanhas" nos moldes das igrejas neo pentecostais, pois são reuniões pragmáticas para ajuntamento de pessoas e arrecadação de dinheiro, salvo raras exceções. 

Na verdade a única campanha que reconheço nas Escrituras são as campanhas de oração, essas sim tem o aval bíblico, pois Cristo nos ensinou para orarmos sempre, sem nunca desfalecermos (Lc 18.1) e Paulo disse: "orai sem cessar" (I Ts 5.17).

Na verdade o termo "campanha" é emprestado do mundo militar, pois campanha significa um conjunto de esforços militares para destruir ou atacar um inimigo, ou seja, é um esforço, num determinado tempo, para atingir um determinado fim. 

Acontece que essas ditas "campanhas" aos moldes neo pentecostal nunca terminam, acaba uma começa outra, meu Deus! Sempre temos mais sete passos, sete degraus, sete voltas, sete mergulhos, etc... são intermináveis! São muito parecidas com as "novenas" católicas.

Outros problemas que encontramos são:

Primeiro, as mensagens ali pregadas são antropocêntricas, ou seja, são para agradar e satisfazer as necessidades do povo, ora quem não precisa de dinheiro, quem não quer casa nova, carro novo, cura das enfermidades, etc.

Segundo, geralmente, essas campanhas intermináveis, tornam-se um celeiro de heresias como sincretismo religioso, misticismo, etc., com raras exceções.

Terceiro, nessas dita "campanhas" o verdadeiro sentido de culto é distorcido, vejamos: O que é culto? Para quem é o culto que prestamos? Bom, culto é um serviço de adoração a Deus, logo o culto é para Deus e não para a satisfação do homem. Quando se realiza um culto chamado de libertação, da vitória, do empresário, da restituição, etc... Esse culto é para Deus ou é para o homem? Ora é para o homem, pois nesse culto o centro é o homem, restando para Deus ser apenas um "garçom", que tem"que atender esse homem nas suas exigências, na hora e no dia marcado por seus dirigentes. Pasmem, é isso mesmo que se ensina nessas campanhas, que o homem deve exigir, determinar que algo aconteça, Misericórdia! Isso não é culto... se culto é para Deus, logo Deus deve ser o centro da nossa admiração, adoração, agradecimento e louvor e não o homem. Em um culto verdadeiro Deus pela sua misericórdia pode até curar, livrar e abençoar, mas em resposta a nossa fidelidade e adoração a Ele, ou pela sua misericórdia e graça. Agora estabelecer dia e hora para Deus operar... exigir, se revoltar, determinar... o que é isso? Deus é soberano e faz o que Ele quer e quando quer. Se Ele quiser nos dar amém, nós o adoraremos e o serviremos, mas se Ele não quiser nos dar, também o adoraremos e o serviremos, mesmo assim.

Porém tudo isso já é resultado da falta de conhecimento da Palavra de Deus, de Obreiros mal preparados e de lideranças indiferentes a ortodoxia bíblica.

Precisamos urgentemente retornarmos ao "primeiro amor", ou seja, a Palavra de Deus deve ser ensinada de forma constante e sistemática na igreja, nosso povo deve voltar a ter o desejo de ser instruído e moldado pela Palavra de Deus.

Sei dos benefícios da EBD, que pode funcionar como um braço de ensino na Igreja, mas só a EBD é insuficiente, aliado ao fato de que em muitas igrejas não há EBD, outras funcionam precariamente, e outras são compostas de professores leigos e despreparados.

Os benefícios dos cultos de ensino são muitos, pois através do ensino sistemático da Palavra de Deus teremos uma igreja espiritualmente forte, madura, pronta para responder sobre sua fé, sóbria, edificada e santificada. Muitos dos problemas apresentados nas igrejas são fruto de uma má formação cristã, por falta de ensinamento e compreensão das Escrituras.

Bom, pensando melhor acho que vou fazer aqui uma campanha com o seguinte apelo: Voltem os cultos de ensino da Palavra de Deus e as reuniões de oração. Sem dúvida teremos uma igreja sadia espiritualmente.

É isso.

Sola Scriptura.

Pr Pedro Pereira

sábado, 21 de junho de 2014

Nas coisas primárias, unidade; mas nas secundárias, amor.

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Coríntios 13:4-7)

Existem coisas no Evangelho que são primárias, fundamentais, essenciais; também existem coisas que são secundárias,não são essenciais.

Dizemos primárias as coisas que são fundamentais para o conhecimento acerca de Deus, da Salvação, etc. Chamamos de secundárias as coisas que embora interessantes, atraentes, não são essenciais para a salvação dos cristãos. Portanto, nas coisas "essenciais" devemos ter unidade e zelo, mas nas "não essenciais" devemos ter respeito à opinião e convicção de outros.

Vejo tantas pessoas ressaltando coisas secundárias como se fossem primárias... Enfatizando coisas que só trazem divisão em vez de unidade... Como exemplo, podemos citar, no tocante a soteriologia: um diz: eu sou calvinista, outro diz: eu sou de linha arminiana, em outras palavras um crê que em predestinação incondicional, outro crê em predestinação condicional; sabemos que esse assunto teológico até hoje através de séculos só trouxe divisão, guerras e mortes no meio do povo de Deus... Cadê o equilíbrio bíblico? Jesus ensinou: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Jo 5.24. Percebemos que o crer em Jesus é algo primário ou fundamental para ser salvo; agora se você vai crer porque foi predestinado a crer, ou porque você tem o livre arbítrio, isso é secundário.

Podemos citar outro exemplo prático na escatologia bíblica, pois uns dizem: eu sou amilenista, outros eu sou pós milenista, outro ainda eu sou pré milenista. Em resumo tudo gira em torno da vinda de cristo e o período do milênio, uns acham que cristo voltará antes do milênio,outros depois do milênio, outros acham que esse período é figurativo. Bom Todos nós sabemos que Jesus voltará para buscar a sua Igreja e isso é primário, “Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. Apocalipse 22:7. Jesus voltará e isso é fundamental, pois está inserido em toda a bíblia de forma clara; agora se será antes ou depois do milênio, se será sua vinda em duas etapas ou não, se a ressurreição será de uma só vez, ou se será dividida em duas partes; bom, isso é secundário, cada um tem a sua convicção.

Portanto, creio que seria mais produtivo e essencial ao Reino de Deus se pregássemos e enfatizássemos as verdades primárias das Escrituras; porém quanto às coisas secundárias das Escrituras seria importante desenvolvermos uma atitude de respeito compreensão e amor, mesmo porque o mais importante é a unidade do Reino de Deus e não o que eu acho ou eu entendo em determinado texto das Escrituras.

Lembremos que o próprio Apóstolo Pedro reconheceu que nas Escrituras há coisas difíceis de entender “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender...” (II Pd 3.15,16).

Excluo desse texto as heresias e ensinamentos antibíblicos e distorcidos da boa interpretação bíblica, pois nesse sentido as Escrituras são bem claras: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tito 3:10).

Termino com o conselho do Apóstolo Paulo; “Rogo-vos,pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3).

Sola Scriptura

Pr Pedro Pereira

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O CRISTÃO DEVE GUARDAR O SÁBADO OU O DOMINGO?

Tenho lido e ouvido, aqui e ali, que os dez mandamentos são atemporais e devem ser guardados por todas as igrejas cristãs. Quanto à observância do sábado, especificamente, alguns expoentes têm afirmado que ela foi substituída pela observância do domingo, após a ressurreição do Senhor Jesus. Antes de discorrer sobre esse “domingo sabático”, é importante pontificar que o mandamento alusivo à guarda do sábado é exclusivo para os israelitas. Eles passaram a observá-lo depois da saída do Egito, em alusão ao descanso de Deus, logo após o acabamento da obra da Criação. Ao contrário do que muitos afirmam, o Senhor trabalhou no dia sétimo e, em seguida, descansou (Gn 2.1-3).


De acordo com a Bíblia, há três grupos de povos no mundo: judeus, gentios e Igreja de Deus (1 Co 10.32). Nem todas as ordenanças que o Senhor estabeleceu para os israelitas são extensivas à Igreja. Alguns mandamentos foram dados exclusivamente a Israel. É o caso da guarda do sábado, contida no Decálogo (Êx 20.8). O povo liberto pelo Senhor da escravidão egípcia deveria repousar nos sábados de seus trabalhos, adorar a Deus, além de se lembrar de que foi tirado do Egito com mão forte (Dt 5.15).


Os adventistas do sétimo dia guardam até hoje o sábado, como se fossem israelitas, e priorizam esse mandamento em relação aos outros — tanto que o nome da sua igreja é Adventista do Sétimo Dia, e não Adventista dos Dez Mandamentos. Eles acreditam que a guarda do sábado aplica-se a todas as pessoas, em todas as épocas, sob a alegação de que tal ordenança já era observada mesmo antes da sua confirmação, no Sinai (Êx 16.23). Asseveram, ainda, que foi Deus quem escreveu o Decálogo, com o seu próprio dedo, e não Moisés (Êx 31.18).


Na verdade, todos os dez mandamentos, e não apenas um deles, vinham sendo observados pelos israelitas, antes de sua confirmação no monte Sinai, pois o Senhor já falava com o povo através de Moisés (Êx 3-19). Isso, entretanto, não torna os tais mandamentos atemporais e aplicáveis a todos os grupos de povos. O Tabernáculo e a forma de culto também foram dados por Deus a Moisés, no mesmo monte Sinai (Êx 21-31). E o Senhor asseverou: “Atenta, pois, que o faças conforme o modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Por que os templos adventistas não possuem átrio, lugar santo e lugar santíssimo, conforme o modelo que o Senhor deu a Moisés, no monte Sinai? E as leis dos sacrifícios, por que não são observadas? E as vestes sacerdotais? E as festas?


Alguém argumentará: “Somente o sábado é atemporal porque era observado antes da existência de Israel”. Ora, Abraão também oferecia sacrifícios antes de Israel existir (cf. Gn 15). Por que os cristãos não oferecem animais a Deus, nos dias de hoje? Cristo Jesus, o nosso modelo (1 Jo 2.16; 1 Co 11.1), procurava não violar o sábado (Lc 4.16). Mas Ele não estava preso à lei mosaica (Mc 3.1-4). Afinal, “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17). E Ele, que é o Senhor do sábado, afirmou que este foi feito por causa do homem (Mc 2.26-28), estimulando-nos a termos domínio sobre o sábado.


Nesse período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss). A Palavra de Deus afirma: “ninguém vos julgue [...] por causa dos [...] sábados, que são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17). Isso não significa, evidentemente, que devemos desobedecer aos outros mandamentos. Dos dez mandamentos mencionados em Êxodo 20, nove foram repetidos no Novo Testamento, sendo extensivos à Igreja de Deus. Entretanto, não há nenhuma menção à necessidade de observar a guarda do sábado. A Igreja adotou, desde o primeiro século, um dia no qual se dedica a Deus e à sua obra: o domingo, dia da ressurreição do Senhor. Mas não vemos em nenhum lugar do Novo Testamento um mandamento similar ao que foi dirigido aos israelitas. Nós não precisamos guardar o domingo!


À semelhança da igreja do primeiro século, nós temos a tradição de nos reunirmos no domingo (At 20.7; Mc 16.2,9; 1 Co 16.2; Ap 1.10). Quem guarda o sábado ou o domingo em lugar do sábado, como se isso fosse um mandamento de Deus, está abraçando o legalismo. Para os israelitas, não guardar o sábado significava quebrar a aliança mosaica (Is 56.4-6; Êx 31.15). Para nós, não cultuar a Deus no domingo — considerado “o dia do Senhor” — ou em outro dia aprazível não denota quebra de pacto com o Senhor. No máximo, revela negligência, no caso do crente que deixa de ir ao culto por qualquer motivo (Ef 5.14-16).


Há expoentes dizendo: “A guarda do sábado é um mandamento eterno, válido para todos os povos em todas as épocas. Por isso, as igrejas cristãs devem guardar o domingo, pois, desde o primeiro século, esse dia passou a substituir o sábado israelita”. É evidente que precisamos de pelo menos um dia semanal para descanso, a fim de cuidar do “templo do Espírito Santo” (1 Co 3.16,17; 6.19,20). E esse dia, para a maioria dos cristãos, é o domingo, no qual também adoramos a Deus, estudamos a sua Palavra, evangelizamos, etc. Mas o domingo nunca teve para as igrejas cristãs o mesmo peso que o sábado tinha para os israelitas. O cristianismo não é cerimonialista, ritualista ou legalista.


Mas há também o crente domingueiro, que se ausenta — não por necessidade, e sim por negligência — de reuniões semanais importantíssimas, como o tradicional culto de ensino da Palavra de Deus. É o crente legalista, que só vai ao templo aos domingos, como se fosse uma obrigação. Ele acaba perdendo a melhor parte. Conheço igrejas, especialmente no Nordeste, em que o culto de doutrina, realizado no meio da semana, é o mais frequentado, pois o povo gosta do ensino.


Em Romanos 15.4 está escrito: “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito”. Isso significa que, embora o mandamento da guarda do sábado tenha sido transmitido exclusivamente aos israelitas tirados do Egito, nós podemos também, à semelhança deles, dedicarmos pelo menos um dia para servir ao Senhor. E temos como tradição, e não por força de mandamento, nos reunirmos aos domingos.


Finalmente, o sábado para Israel implicava cessação completa de atividades. Nenhum trabalho podia ser realizado (Êx 16.23; 35.2,3; Jr 17.22; Mc 16.1). Até o comércio estava proibido (Am 8.5). Se tivéssemos de guardar o domingo como substitutivo do sábado israelita, visto que se trata de um mandamento eterno, não teríamos de fazer o mesmo? Que fechem as livrarias e as cantinas dos templos, aos domingos!


Ciro Sanches Zibordi

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Eclesia Reformata Semper Reformanda

Precisamos estar sempre abertos para uma nova reforma. 

Esse foi o lema das Igrejas que nasceram da Reforma foi “Eclesia Reformata Semper Reformanda”, ou seja, a Igreja deve sempre estar aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e reformar-se em conformidade com o ensino das Escrituras. 

Nas cartas que mandou às igrejas da Ásia Menor, através do apóstolo João, o Senhor Jesus determinou às que estavam erradas para que se arrependessem e retornassem aos retos caminhos de Deus (Apocalipse 2.5,16,21; 3.3,19). 

Elas precisavam ser reformadas e mudar o que estava errado. Existe grande perigo para uma igreja quando ela se fecha em si mesma, e deixa de ouvir a voz do seu Senhor, que deseja corrigi-la e traze-la de volta aos caminhos do Evangelho. 

Estas medidas devem também ser aplicadas a nós, de forma individual. Deveríamos procurar evitar a decadência espiritual da nossa prática religiosa, mantendo acesa a chama da fé pela freqüência regular aos cultos, pela leitura diária da Bíblia, por uma vida de oração e comunhão com outros irmãos. 

Infelizmente, alguns por negligenciarem a sua vida espiritual, contribuem para o enfraquecimento do testemunho das igrejas evangélicas e se afastam de uma vida cristã autentica. 

Amigos faça uma reflexão nesse momento, será que não precisamos melhorar? Será que não precisamos mudar algo que está em desacordo com as Escrituras? 

Que Deus tenha misericórdia de nós. 

Sola Scriptura

Pr Pedro Pereira

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

DESERTO...

"Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do Mar Vermelho... " Ex 13.18

Mas Deus os fez rodear pelo deserto... Interessante. O caminho de Deus nem sempre é o caminho que esperamos ou queremos... Deus preferiu pela sua soberania e poder levar Israel para o Deserto, mesmo tendo outros caminhos para conduzi-los.

As vezes Deus nos leva para o deserto... 

Deserto significa, segundo os dicionários: Região árida, coberta por um manto de areia em que é quase absoluta a ausência de vida. Lugar ermo; solitário; abandonado.

Espiritualmente, deserto significa lugar de solidão, lugar de escassez, lugar de gritar e ninguém te ouvir, lugar de secura, sem água, lugar de mudanças abruptas (geografia inconstante devido as tempestades de areia), lugar de noites frias e dias de calor insuportável, lugar de choro, lugar de tristeza, lugar de provação...

Não queremos estar no deserto, mas as vezes Deus nos quer no deserto. Foi no Deserto que Israel experimentou a presença de Deus como nunca havia experimentado, viram milagres, viram a glória de Deus, viram a intervenção divina, viram Deus supri-los, ajudá-los e aprenderam a depender de Deus.

Ninguém gosta do deserto, mas as vezes precisamos estar no deserto. Deus tem seus propósitos, conhece tudo e controla tudo, portanto podemos concluir que deserto, com Deus, faz bem, nos amadurece e nos prepara para avançarmos na vida cristã.

Outra coisa que devemos ter em mente é que todo deserto, ou seja, o deserto da tribulação, das lutas, das dificuldades, das enfermidades, das incompreensões, das decepções, das humilhações, em fim, todo o deserto é passageiro, um dia passa e chegamos a terra do descanso.

Enquanto o dia do descanso não chega temos uma certeza que nos consola e nos renova a esperança, vejamos o que moisés deixou registrado: "E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite". Ex 13.21. 

A palavra diz que o Senhor ia adiante deles. O Senhor está conosco, Ele não nos abandona nesse deserto terrível. Mesmo em meio ao deserto Deus quer que continuemos caminhando, de dia e de noite. Não pare, continue caminhando. Amém.

Sola Scriptura

Pr Pedro Pereira

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

As chamadas campanhas ou correntes ditas “evangélicas” são prejudiciais à fé cristã?

Bom, a luz da Palavra de Deus pode se afirmar que essas campanhas e correntes tem se tornado, até de forma inconsciente, prejudiciais à fé e a saúde espiritual dos cristãos. Conheço pastores íntegros e piedosos que influenciados por liturgias neopentecostais acabaram utilizando desse expediente, que infelizmente tem trazido alguns "estragos" ao Reino de Deus. Declinarei alguns pontos para demonstrar esse perigo, vejamos:


1. Nessas campanhas ou correntes se observa dentro da liturgia dos cultos de algumas igrejas elementos e métodos pragmáticos utilizados pela teologia da prosperidade, cujo intuito principal é o de encher os templos ou suas congregações, com a promessa de suprir as necessidades ou solucionar os diversos problemas na vida do cristão e também do não crente, independente se o método utilizado tem apoio bíblico ou não, tais, como: problemas no casamento, problemas financeiros, problemas na área sentimental e problemas na saúde.

2. Na maioria dessas campanhas e correntes, vemos que os pastores se utilizam de elementos místicos e sincréticos, como: a rosa ungida, o sal grosso, a famosa água fluidificada ou, ainda, “orada” pelo pastor, o lenço, o manto e a meia “ungida”, o cajadinho de Moisés, a botija de azeite, o óleo ungido, dentre outros. 

3. Nessas campanhas e correntes, muitas vezes, incentivados pelos próprios pastores ou líderes, são feitos votos financeiros, em prol de uma benção mais rápida, em uma área específica da vida, onde eles dizem que, através da oferta financeira, Deus atenderá mais rápido a pessoa abençoando-a, porque Deus será “obrigado” a abençoar, devido à atitude de fé da pessoa.

4. Essas campanhas e correntes ferem os princípios bíblicos do culto, pois desvirtuam o foco da igreja para as “necessidades individuais” das pessoas em detrimento da comunhão uns com os outros e da adoração verdadeira a Deus, em espírito em verdade. Ir ao culto se torna um lugar para simplesmente buscar a “benção” e não para prestar serviço de adoração a Deus. Sabemos que Deus nos abençoa no culto, mas isso se deve tão somente a sua graça. O culto cristão é um lugar de se prestar adoração a Deus, devemos servi-lo pelo que Ele é, e não pelo que Ele pode nos dar.

5. Essas campanhas e correntes carecem de apoio bíblico, pois não há nos quatro evangelhos um ensino sequer de Jesus sobre a prática de fazer campanhas ou correntes, e, tampouco, no livro de Atos e nas cartas de Paulo, Pedro, João, Hebreus, Judas, dentre outras. Nenhum dos apóstolos fez campanhas do tipo como vemos hoje em algumas igrejas. 

6. As campanhas ou correntes que vemos hoje têm, na verdade, sua origem no catolicismo; o que chamamos de campanhas e correntes, eles chamam de “novenas”. Portanto, abraçando esta ideia de novenas, algumas igrejas evangélicas apenas mudaram o nome de “novena” para campanha ou corrente. 

7. Por fim, Deus, em sua soberania e poder, não necessita de que façamos campanhas de dias ou semanas ou correntes mais correntes para realizar um milagre, nos outorgar um benção ou nos conceder um livramento. Basta seu querer e todas as coisas começam a acontecer, no momento que lhe apraz e no tempo que desejar.

Concluímos, portanto que essas ditas “campanhas e correntes” tem em seu cerne a individualidade das pessoas em vez da comunhão com Deus em primeiro lugar, e, em seguida, a comunhão uns com os outros. Concluímos ainda que as “campanhas e correntes” se tornaram um engodo de Satanás para corromper a fé de muitos cristãos verdadeiros, pois em muitos lugares, ao invés da pregação da sadia Palavra de Deus, acabam se tornando locais de disseminação de heresias, distorções bíblicas, sincretismo e pragmatismo religioso. Portanto, são prejudiciais a verdadeira fé cristã.

Voltemos ao evangelho simples e verdadeiro; que os nossos cultos sejam locais de adoração e exaltação ao soberano Deus; e que a exposição da verdadeira Palavra de Deus tenha prioridade em nossos cultos. A Palavra de Deus salva, santifica, liberta, cura, alimenta espiritualmente e supre as nossas necessidades, pela fé em Cristo, mediante a sua infinita graça. Amém.

Sola Scriptura.

Pr Pedro Pereira