quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CORRUPÇÃO NO SACERDÓCIO:desonestidade e falta de transparência


Também entendi que o quinhão dos levitas se lhes não dava, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam a obra, tinham fugido cada um para a sua terra.” Ne 13.10

O favorecimento pessoal e de parentes dos “donos” e “senhores” da igreja é uma das causas da precariedade do sustento daqueles que vivem integralmente da obra, quer seja no trabalho local ou fora do país (missionários transnacionais).
A vida de alguns “sumo sacerdotes” e “Tobias” na atualidade é uma mordomia só, enquanto obreiros auxiliares de tempo integral vivem a pão e água, se humilhando de todas as formas e maneiras para receberem uma ajuda mensal que mal garante o básico. 
Quando alguém ousa questionar o líder, surge logo um profeta ou uma profetisa (geralmente assalariado ou que goza de algum privilégio) para defender o “santo ungido”, ameaçando o questionador com pragas e maldições. 
Se seguíssemos esta lógica capitalista da "bênção especial" sobre o ungido (em termos financeiros e materiais), Jesus e os apóstolos teriam sido os líderes mais ricos da história da Igreja. Entendo que em boa parte dos casos, apresentar a Deus a situação é o melhor caminho. Ele é o reto juiz.
É absurda em algumas administrações eclesiásticas (igrejas e convenções) a falta de transparência na apresentação dos relatórios de receitas e despesas da instituição. Os líderes fazem questão de dificultar o acesso às contas. Quando inquiridos, reagem das mais diversas formas e maneiras, fazendo drama por se sentir ofendido, implementando punições severas e perseguições implacáveis aos seus inquiridores (que passam a ser chamados e tratados como inimigos). 
Há quem contrarie o próprio estatuto da organização, ao indicar os seus próprios fiscais. Líder íntegro e reto “escancara” as contas para quem duvida de sua honestidade, e pede auditoria quando a sua administração é questionada, e tudo isso, sem revanchismos ou ressentimentos.
Temos situações em que o tesoureiro da instituição é mera figura simbólica, visto que os recursos (dízimos e ofertas) vão diretamente para as mãos e bolsos dos “donos” e “senhores” das igrejas, que os administram a seu bel prazer e conveniência. 
Os recursos da igreja, oriundos dos dízimos e ofertas dos irmãos, devem ser administrados com temor e tremor, e com toda a transparência necessária. É preciso investir com sabedoria, dando prioridade ao que é urgente e extremamente necessário ao Reino de Deus.
Se Deus não deixou encoberto e impune os pecados da liderança do Antigo e do Novo Testamento, expondo-os nas páginas da Bíblia, por que agiria diferente na atualidade? Quem escandaliza o Evangelho é quem comete o pecado, e não quem o denuncia.
Como sempre coloco, há ainda líderes cristãos sérios e comprometidos com Deus e com a sua Palavra neste Brasil, que ainda não se venderam, nem se dobraram diante da corrupção no atual sistema eclesiástico.
Ainda há, como Neemias, líderes que se indignam com o pecado, e corajosamente resistem a toda sorte de profanação e corrupção no ministério. Suas convicções estão firmadas sobre a rocha das Escrituras.
O pecado deve provocar em nós indignação. Apenas pessoas que tem capacidade de se indignar contra o mal podem fazer a diferença na História.
Contudo, devemos ter o cuidado necessário para não perdemos o controle emocional, e de não privarmos os acusados da possibilidade de se defenderem. Parece-nos que no caso que envolveu a ação enérgica de Neemias, o pecado era escancarado e gritante.

É tempo de restauração!

Pr Altair Germano

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