sábado, 29 de outubro de 2011

A Reforma Protestante, será que não estamos precisando de outra?



Quando observamos a política secular e eclesiástica influenciando os nossos líderes, em detrimento a direção de Deus; quando observamos na igreja local facções, disputas, traições, corrupções, alianças espúrias, nepotismos, líderes em busca por vantagens pessoais e por cargos; e a evangelização, socorro aos necessitados, ministração aos enfermos e fracos na fé, fidelidade doutrinária e outras atividades semelhantes em segundo plano ou até extintas, temos um claro sinal que precisamos urgente de uma "reforma".

Quando observamos os dízimos e ofertas sendo ensinados de forma a arbitrária e não bíblica, com a finalidade de enriquecimento pessoal, benefício próprio ou como "indulgências", ou seja, quem não contribuir vai pro inferno, é ladrão, é maldito, mas se contribuir não vai ficar doente, vai ser o predileto por Deus, vai receber curas e vitórias. Esquecem-se ou não pregam sobre a graça e fé. Enfatizam o que interessa em detrimento a verdade bíblica, ou seja, o dar é voluntário, com alegria, não por necessidade ou por tristeza; e mesmo que eu não tenha nada para dar, assim mesmo a misericórdia e a graça de Deus estará comigo. 

Em vez disso, o que vemos é uma exploração aos incautos e ignorantes, que por medo e pressão acabam dando até aquilo que não tem. Que Deus tenha misericórdia desses mercenários. Pior fica quando o assunto é a forma ou o destino dessa contribuição, será que é para ajuda aos necessitados (pobres e viúvas)? Será que é para o sustento de todos os que ministram no altar? Será que é para os eventos e necessidades da igreja? Pois, era exatamente para isso o destino dos dízimos e as ofertas no VT. Ou será que é para o enriquecimento de poucos? Ou para gastar com viagens ditas "missionárias"? Mas, na verdade, são passeios e viagens turísticas de alguns, enquanto missionários de verdade passam por necessidades. Ou será para a construção de obras "faraônicas"? Onde o único intento é deixar seu nome e ser lembrado. Ou será...? Bom deixa eu parar por aqui.

Segundo o Pr Altair Germano, homem de visão, a reforma é algo necessário e urgente, realizada por homens comprometidos com a verdade: 
"Reformas não são movimentos de um só homem, é fruto da associação de mentes críticas, inteligentes, questionadoras, e de corações que ardem em zelo, inclinados a buscar, conhecer e fazer valer a vontade de Deus para uma geração, custe o que custar. 
Reformas são possíveis em tempos onde o monopólio do conhecimento e da informação são quebrados. Vivemos em um tempo propício para reformas, e isso graças ao advento da internet. As mídias e o jornalismo oficial das mais diversas denominações e segmentos evangélicos perderam o controle sobre a informação. Vivemos na era dos blogs e das redes sociais onde a notícia e a informação fluem e correm numa velocidade vertiginosa, jamais vista ou contemplada por outras gerações. 
Reformas não acontecem da noite para o dia, antes, são resultados de processos que se iniciam com o reencontro do cristão com a Palavra de Deus, que desencadeia uma tomada de consciência, arrependimento genuíno, conversão, ação e influência. A nossa rendição em forma de silêncio ou conivência diante de qualquer tipo de corrupção, seja ela de ordem moral ou espiritual, nada mais é do que a manifestação da rendição de nossa própria consciência".

Dia 31 de outubro - dia da Reforma Protestante, deve ser aproveitado para refletirmos: 
O que estamos fazendo? O que nossa igreja esta fazendo? Como está o Evangelho em nossos dias? O que esta sendo pregado em nossas igrejas? Qual é a prioridade dos nosso líderes?

Que Deus desperte em nós o que despertou no coração dos reformadores, como Martinho Lutero, Ulrico Zwinglio, João Calvino, John Huss, John Wicliffe, Savonarola, etc.

Que a nossa igreja, pregações e vida estejam dentro dos cinco solas da reforma:
Sola Scriptura (a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência); 
Solo Christus (nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico); 
Sola Gratia (somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça); 
Sola Fide (a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo); 
Soli Deo Gloria (a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre). 

Que Deus nos abençõe!

Pr Pedro Pereira

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