“Burnout”, também conhecida como o esgotamento físico e mental e tem caráter depressivo. Esse esgotamento, físico e mental está ligado intimamente à uma vida profissional estressante. Esse nome foi dado
pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, na década de 70.
O desejo ou o compromisso de ser o melhor e
sempre demonstrar alto grau de desempenho, a necessidade de auto estima pela
capacidade de realização e sucesso, aliada a pressão para se afirmar e cumprir
metas esperadas por todos e por si mesmo, pode, além de problemas de ordem
psicológica, gerar forte desgaste físico e mental, culminando com fadiga e
exaustão. Isso me parece bastante peculiar na vida diária do pastor.
Essa patologia atinge membros de todas as áreas
de atuação, como por exemplo, professores, policiais, bancários, gerentes,
pilotos, jornalistas, inclusive os pastores e até mesmo voluntários.
A cura para o “burnout” é descanso, simples assim, umas boas férias. Quando falamos em descanso significa desligar-se das rotinas estressantes, dormir bem, fazer atividade física e aproveitar para rever e mudar os hábitos da vida ministerial, para não acabar outra vez na mesma situação.
Li, recentemente, nas redes sociais, que o famoso reverendo
Augustus Nicodemus, sabiamente, acaba de se licenciar por 3 meses do pastoreio
da sua igreja, após detectar que estava sofrendo com essa doença, “burnout”, para retornar sadio e com a
“pilha carregada”. O próprio reverendo informa que o famoso pastor reformado John Piper passou
por um momento semelhante em 2010 e afastou-se por quase um ano do ministério.
Queridos, essa doença é real e está entre nós, e devido a uma rotina estressante que muitos pastores adotam, ela chegou entre nós. Talvez, o triste episódio do suicídio de um pastor, divulgado recentemente, teria sido evitado, se ele tivesse sido diagnosticado a tempo e ajudado por aqueles que o rodeavam, e até mesmo pelo próprio ministério em que estava ligado.
Conheço muitos amigos de ministério que
confidenciam comigo estarem desanimados, cansados, esgotados, descontentes, e
outros com depressão, mas que não podem revelar com medo de ser vistos como
fracos, desviados, rebeldes, e por ai vai. Eu mesmo tenho aconselhado aos mais íntimos amigos pastores a necessidade deles de um descanso, porém, por vários fatores, extra vontade deles, não sou atendido.
Infelizmente, no meio ministerial, há ainda
muito preconceito e uma descabida desconfiança no pastor que pede licença ou
férias, por estar estressado e cansado da rotina pastoral. Certa vez, ouvi de
um pastor ancião que pastor não tira férias - “isso é coisa do diabo para parar
a obra de Deus”, dizia ele.
Que pena! Nem sabe ele que pela lógica, mais obra
diabólica é matando seus ministros de cansaço e fadiga. Pastor não é super
homem, é simplesmente um homem como outro qualquer.
Para terminar descrevo algumas atitudes que o
psiquiatra, citado acima, descreve que poderão levar a essa doença, culminando
com a depressão, que se não tratada pode até consequências graves como depressão e suicídio, vejamos:
- Ser centralizador e imediatista, quer fazer
tudo sozinho;
- Não dormir bem, não comer bem e se isolar, não
tem amigos (verdadeiros);
- Mudança de comportamento - ficar impaciente sem
motivo aparente, não aceitar brincadeiras, ser ríspido a toa, Não se reconhecer
mais;
- Ter momentos de confusão mental - começa a ter
falha na memória, ter lapsos, o famoso “deu branco”, de repente não sabe onde
está, pra onde está indo, etc.;
- Sentir um vazio interior e sensação de que tudo
é complicado, difícil e desgastante;
- Perceber sintomas de depressão, ou seja, marcas
de indiferença, desesperança, exaustão, a vida perde o sentido; e por fim
cansaço, fadiga excessiva;
- Ter uma vida preocupada em agradar ou
impressionar outros, necessidade de ser sempre o melhor;
- Acumular responsabilidades além do necessário; etc.
- Acumular responsabilidades além do necessário; etc.
As atitudes acima, juntamente com outros fatores, como rejeição, problemas familiares, financeiros, etc., podem contribuir para o desencadeamento da síndrome de Burnout.
Há momentos que serão necessários dar uma parada, pisar no freio, tirar umas boas ferias e retornar com as pilhas carregadas dentro de uma rotina mais adequada e menos estressante.
Que Deus nos ajude. Como disse o sábio salomão: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" Ec 3.1.
Há momentos que serão necessários dar uma parada, pisar no freio, tirar umas boas ferias e retornar com as pilhas carregadas dentro de uma rotina mais adequada e menos estressante.
Que Deus nos ajude. Como disse o sábio salomão: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" Ec 3.1.
Muito bom o artigo, pr.Pedro. Gostei muito do desenvolver de suas idéias e argumentos. Que Deus em Cristo ajude esses pastores que passam por isso. Deus abençoe seu ministério!
ResponderExcluirMuito bom o texto, pr Pedro. Esta patologia tem surgido, lentamente, na vida de muitos, e há pouca informação a respeito. Obrigada.
ResponderExcluirQue Deus te abençoe grandemente na sua jornada e continue escrevendo.
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