quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A SIMPLICIDADE DE JESUS

A cada dia mais me impressiona a simplicidade de Jesus em relação a tudo. 


Ele negou-se a tratar de quase tudo o que a filosofia e a teologia tratam com avidez. 

A origem do mal Ele simplesmente desprezou em qualquer que seja a explicação “metafísica”. Simplesmente disse que o mal existe. E o tratou com realidade óbvia. 

O problema da dor foi por Ele tratado com as mãos, não com palavras e discursos. 

As desigualdades sociais foram todas reconhecidas, mas não se o vê armando qualquer ação popular contra elas. 

Seus protestos eram todos ligados à perversão do coração, mas nunca se tornavam projeto político, ou passeatas, ou bandeiras. 

A “queda” não é objeto de nenhuma especulação da parte Dele. Bastava a todos ver as conseqüências dela. 

Sobre a morte sua resposta foi a paz e a vida eterna. 

Jamais tentou justificar o Pai de nada. Apenas disse que Ele é bom e justo. 

Mandou lutar contra os poderes da hipocrisia e do desamor, mas não deu nenhuma garantia de que se os venceria na Terra. 

Sua grande resposta à catástrofe humana foi a promessa de Sua vinda, e nada mais. 

Nunca pediu que se estabelecesse o Reino de Deus fora do homem, mas sempre dentro dele; pois, fora, o reino, por hora, era do príncipe deste mundo. 

Não buscou ninguém com poder a fim de ajudar qualquer coisa em Sua missão. 

Adulto, foi ao templo apenas para pregar aquilo que acabaria com o significado do templo como lugar de culto. 

Fez da vida o sagrado, e de todo homem um altar no qual Deus é servido em amor. 

Chamou o dinheiro de “deus”, mas se serviu dele como simples meio. 

Pagou impostos; mas nunca cobrou nada de ninguém, exceto amor ao próximo. 

A morte para Ele não era mesma coisa que é para nós. Morrer não era mal. Viver mal é que era mau. 

Em Seus ensinos Ele sempre parte do que existe como realidade e nega-se fazer qualquer viagem para aquém do dia de hoje. 

Para Ele o mundo se explicava pelas ações dos homens, e prescindia de analises; pois, tudo era mais que óbvio. 

Não teologizou sobre nada. E todas as Suas respostas aos escribas e teólogos eram feitas de questões sobre a vida e seu significado agora; e sempre relacionado ao que se tem que ser e fazer. 

Quando indagado de onde vinha o “joio”, Ele simplesmente diz: “Um inimigo fez isso...” — referindo-se ao diabo. 

Prega a Palavra, e não tenta controlá-la. 

Vê pessoas crerem, mas não tem nenhuma fixação em fazê-las suas seguidoras físicas e geográficas. 

Não tem pressa, embora saiba que o mundo precisa conhecer Sua Palavra. 

Cita as Escrituras sem nenhuma preocupação com autores, contextos ou momentos históricos. 

Arranca certezas da Palavra baseadas em um verbo “ser” — aludindo ao fato de Deus ser Deus de vivos e não de mortos, pois, “para ele todos vivem”. 

Ensina que a morte é o fundamento da vida, e tira dela o poder de matar, dando a ela a força das sementes que ao morrerem dão muito fruto. 

E assim Ele vai... 

E assim Nele é!

Solo Christus.

Pr Pedro Pereira

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