sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Jesus salvou 116 almas?

Tenho observado em algumas postagens de concentrações evangelísticas que após as fotos postadas de pessoas trazidas até próximas aos palanques, elas são chamadas de "salvas". Outro dia li uma dessas postagens que dizia: Jesus salvou 116 almas. 

A pergunta é: como podemos alegar que Jesus salvou 116 almas? Será que depois de um apelo emocionante e o levantar de algumas mãos, que se aproximam do "púlpito", de pessoas emocionadas pelo momento, nos dá o direito de dizer que elas estão salvas? 

Qual é o momento da salvação? O levantar das mãos ou quando nascem de novo (Jo 3.3,5)? Ora, se não podemos conhecer os corações então só nos resta esperar os frutos de arrependimento para só depois supor se alguém está salvo ou não.

Me parece que a doutrina da regeneração que é um ato divino está sendo esquecida... Lembre-se os frutos do verdadeiro arrependimento é o sinal de que somos salvos (Jo 15.16)... Pois, arrependidos dos pecados somos perdoados e regenerados, regenerados somos justificados e santificados; portanto, salvos pela graça de Deus. Um simples levantar de mãos após um apelo emocionante, acompanhado de um fundo musical bonito, não é sinal de salvação; sem dizer daqueles que vem a frente constrangidos pela insistência de alguém. 

Certamente, os "apenas" emocionados ou os constrangidos, após o culto voltarão as suas vidas de pecado e miséria. Mas, os arrependidos são alvo da graça salvadora de Jesus. Jesus mesmo disse pelo fruto conhecereis a árvore (Mt 7.16-20). E depois disse ainda que nem todos que dizem Senhor, Senhor entrarão no Reino de Deus (Mt 7. 21). Que Deus tenha misericórdia de nós. 

Sola Gratia.

Pr Pedro Pereira

Se aproxima o dia da reforma protestante.

Se aproxima o dia da reforma protestante.

No dia 31 de outubro de 1517 um monge agostiniano por nome Martinho Lutero prega uma proposta de reforma nas portas da igreja de Wittenberg, debatendo a doutrina e prática de indulgências.

Passados 498 anos fica uma pergunta: como vai a igreja protestante? Estamos firmes nos 5 solas da reforma, que são as bases da igreja protestante? A igreja que você frequenta cumpre os cinco solas da reforma protestante?
Sola Fide (somente a fé);
Sola Scriptura (somente a Escritura);
Solus Christus (somente Cristo);
Sola Gratia (somente a graça);
Soli Deo Gloria (glória somente a Deus).

Lembremos do lema da reforma: "Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est", ou seja, "A Igreja é reformada e está sempre se reformando".

Fora o mercantilismo religioso, fora o sincretismo religioso, fora o misticismo religioso, fora o pragmatismo religioso e fora as "indulgências" modernas.

Voltemos a simplicidade do Evangelho. Que Deus tenha misericórdia de nós.

Pr Pedro Pereira

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Onde estão as vigílias só de oração?

Tenho saudade do tempo que "vigília" era reunião só de oração. 

Mas, oração mesmo, joelho no chão, clamor a Deus, quebrantamento, arrependimento, choro e muita adoração a Deus em oração. 

Orávamos cerca de 1 h ou 45 min e depois 20 min cantando hinos inspirados (Harpa Cristã); e logo voltávamos a oração, isso toda a noite. Deus operava milagres, restaurava vidas, muitos eram cheios do Espírito Santo e pela sua misericórdia ainda falava conosco nos consolando, edificando e exortando, conforme descrito em 1 Co 14.3.

O que vejo hoje são "vigílias" show, gritarias estéricas, cantorias infindáveis, animadores de auditório, pregadores e cantores de auto ajuda, mas oração nada. 

Quando falo de oração eu falo conforme descrito no livro de Crônicas: "E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra". 2 Crônicas 7:14.

Porém, as "vigílias" modernas não passam de mais uma estratégia humana pragmática para ajuntar povo, pois a carne não quer orar... não são muitos que querem orar, só querem os "mantos", "retétés", "é forte", e toda sorte de "mistérios" estranhos as Escrituras, em uma verdadeira desordem contrariando a ordem descrita em 1 Co 14.40...

A oração piedosa e reverente conforme descrita nas Escrituras pode até não ter aparente e imediato resultado, para essa geração imediatista... Mas a oração piedosa ainda que não seja tão "atraente" como as novas "vigílias", certamente é uma das maiores armas espirituais que Deus nos outorgou (Ef 6.18). 

Jesus, nosso mestre, muitas vezes passava em vigília de oração e esse modelo é que deve ser seguido por nós, seus discípulos, onde a oração era o principal objetivo.

"E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus". Lc 6.12

Seus principais ingredientes são: choro, submissão, arrependimento, paciência, reverência, dependência, confiança, esperança e fé; e seu resultado é comunhão com Deus, resposta das necessidades, e uma vida espiritual vitoriosa.

Voltemos a oração, oração mesmo. A oração não agrada a carne, mas a fortalece e alimenta o espírito. É isso.

Pr Pedro Pereira

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Os cultos com Ensino da Palavra de Deus.

Que voltem os cultos a Deus com Ensino da Palavra de Deus

Infelizmente em muitos lugares os cultos de Ensino deram lugar as falaciosas "campanhas pragmáticas", com intuito de encher templos e arrecadar mais dinheiro.

Chega de misticismo e superstições disfarçados de cristianismo, chega de rosa santa, sabonete ungido, cajado de Moisés, areia da terra santa, copo com água ungido, sal grosso para espantar demônios, lencinho suado, campanha dos sete mergulhos de Naamã...chega!!!

Líderes estão enriquecendo e os templos estão se enchendo, sim... Mas, de pessoas vazias, materialistas, interesseiras, egocêntricas e sem espiritualidade (fruto do Espírito). 

Influenciadas pelas estratégias Neo pentecostais (que mais parecem mercado da fé), deixaram a sã doutrina (ensino bíblico).

Que voltem as reuniões de ensino sistemático, continuo e persistente das doutrinas fundamentais do cristianismo como a doutrina do arrependimento, regeneração, santificação, graça, fé, justificação, expiação, perdão, pecado, arrebatamento, ética cristã, etc... 

Cristãos com conhecimento da verdade se aperfeiçoam na fé, se tornam servos úteis a Deus, se tornam vasos de honra, agradam a Deus, não são presas fáceis para as heresias e a apostasia, são mais tementes a Deus, pensam nas coisas que são de cima e não nas que são da terra, e se preparam para herdar o céu. 

Com a Palavra o Apóstolo Paulo: "Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério". 2 Timóteo 4:2-5.

Sola Scriptura.
Pr Pedro Pereira

sábado, 13 de junho de 2015

ENQUANTO ISSO O PRAGMASTISMO RELIGIOSO CONTINUA AVANÇANDO EM MUITAS IGREJAS

É triste ver cada vez mais algumas "igrejas" se rendendo ao pragmatismo religioso com suas intermináveis "campanhas". É campanha da restituição, campanha da vitória, campanha da libertação, etc. Termina uma começa outra, são intermináveis.

Essas ditas "campanhas" são pragmáticas, pois infelizmente seus objetivos são:

1. Encher templos e arrecadar dinheiro.

2. Dar esperança para o povo receber o que quer: cura, dinheiro, casa, carro, estabilidade financeira, emocional, familiar, etc.

Alguém poderia questionar dizendo: mas isso não é bom, Pastor? Para ser franco eu digo não e explico:

Primeiro, todos queremos ver a igreja cheia, mas será que todos que comparecem a essas ditas "campanhas" são pessoas que vieram para cultuar a Deus? Vieram para O adorar pelo que Ele é ou pelo que Ele pode dar? Estão atraídas por Cristo ou por interesse próprio? Infelizmente, estamos com igrejas cheias de pessoas atrás de bençãos e vazias de seguidores de Cristo (Mt 16.24; 6.31-33);

Segundo, no pragmatismo as pessoas são avaliadas pelo que elas tem e não pelo que elas são. Muitos líderes pressionados pelo sistema, precisam cumprir metas (financeiras). Igrejas e pessoas, com exceções, são vistas como negócios e não como almas que precisam de redenção. E isso leva a um "vale tudo" para arrecadar dinheiro, sob pena, de ser visto como um líder sem fé, sem sucesso ou até mesmo de perder sua posição e a liderança... que triste cenário, porém o que vale são os resultados, ou seja, os fins justificam os meios, portanto, muitos aderiram as famosas "campanhas" que tanto agradam com promessas como dão retorno financeiro (II Pd 2.3; I Tm 6.10; Ec 5.10);

Terceiro, a maioria das pessoas entram em campanhas e saem de campanhas e nada acontece, ou seja, aquilo que a dita "campanha" prometia, como restituição, vitória financeira, saúde, estabilidade, salvação de familiares muitas vezes não acontecem. Não porque Deus é o culpado, mas porque não levamos em conta a soberania dos propósitos de Deus. A pergunta é... E Deus quer o que eu quero? E a vontade de Deus? E seus propósitos? E se Ele quer me provar num determinado tempo para um determinado propósito? Portanto nem sempre quando e como eu quero vai acontecer, mas devemos estar submissos a vontade de Deus (I Jo 5.14; Tg 4.3; Mt 26.42).

É importante levar em conta que muitos procuram a igreja baseado apenas nessas "promessas" e quando elas não acontecem se desviam e se frustram, pois não vieram arrependidos dos seus pecados, mas atraídos pelo desejo de um cura, um milagre, uma estabilidade financeira, etc.

E como fica então aqueles que prometeram e tanto anunciaram as ditas campanhas? É simples, basta dizer que a culpa é do "povo", pois não tiveram fé suficiente para receberem. Fácil não? Problema resolvido.

Vale a pena ressaltar também que as ditas campanhas levam a uma liturgia antropocêntrica, ou seja, um culto voltado para o homem e suas necessidades, quando o correto é levar o povo a um culto Teocêntrico, ou Cristocêntrico, onde o centro é Deus e não o homem. Quando eu digo que tal dia haverá o culto da restituição, ou libertação, ou vitória financeira, etc, esse culto é para Deus ou para o Homem? Na verdade é para o homem. Culto é serviço de adoração a Deus e adorar a Deus é se esquecer de nós mesmos, renunciar a si mesmo e exaltar a Deus, seus atributos, sua obra, sua redenção, sua glória, etc. O maravilhoso é que quando colocamos Deus em primazia, Ele nunca se esquece de nós. Aleluia!

Que saudade quando a igreja era simples, tinha uma liturgia simples, pregava um Evangelho simples. Jesus curava, salvava e abençoava todos os cultos, não era preciso marcar dia, nem hora específica para alcançar uma benção.

Todos os Cristãos se reuniam com o único propósito de adorar a Deus; e Ele por sua bondade quando queria e pra quem queria derramava suas ricas bençãos.

Os lideres eram avaliados pela sua postura, conduta, fé e vida de oração e não pela capacidade de ajuntar povo e arrecadar dinheiro.

Na igreja se amava as pessoas e usavam as coisas, porém hoje, salvo exceções, se amam as coisas e usam as pessoas.

Não existiam tantas pessoas influentes e ricas na igreja, é verdade; mas as que lá estavam eram ricas da presença de Deus, cheias de temor e do Espírito Santo.

As únicas campanhas que existiam eram as campanhas de oração, mas de oração mesmo, joelho dobrado e clamando a Deus o tempo todo da reunião, quando muito se lia ao final um trecho das Escrituras para o encerramento.

Quero encerrar com algumas perguntas: Será que não é tempo de voltarmos a simplicidade do evangelho? Será que não é tempo de resgatarmos o culto Cristocêntrico? Será que não é tempo de arrependimento e renúncia e invocarmos o Nome do Senhor enquanto Ele está perto?

Que Deus nos abençoe e que possamos refletir sobre o assunto.

Pr Pedro Pereira

quinta-feira, 19 de março de 2015

VAMOS MELHORAR!!!???

Às propostas:

1. Deixe de promover eventos festivos um atrás do outro, que acarretam enormes despesas à igreja e pouco resultado trazem à vida espiritual dos crentes e à evangelização, mas não abra mão dos cultos "normais", onde todos podem ser edificados mutuamente. Aqui a comunhão pode ser experimentada em sua dimensão mais profunda.

2. Pare de criar nomenclaturas para definir um culto do outro, como, por exemplo, "culto da vitória", "culto de libertação", "culto de avivamento", "culto da virada" etc., pois culto se presta a Deus de acordo com os elementos descritos no Novo Testamento, e todos eles, quando prestados de fato ao Senhor, cumprem todas as finalidades bíblicas.

3. Reprograme as atividades extra-cultos em sua igreja, entre elas os ensaios dos diferentes departamentos musicais, para não correr o risco de um ativismo improdutivo e ter os horários de tal maneira ocupados com tantas programações que o tempo para o verdadeiro culto a Deus seja escasso, trazendo sérios prejuízos espirituais à vida dos crentes.

4. Tome a decisão radical de não convidar cantores famosos para "abrilhantar" os festejos da igreja (até porque estes em grande parte já não mais farão parte do calendário, pelo menos por um ano) e você descobrirá quantos talentos escondidos na própria igreja poderão ser aproveitados, sem custo algum, nos cultos regulares ou em outro evento extremamente indispensável. Além disso, se não houver demanda, os cantores (sem cair no terreno da generalização) deixarão de cobrar os elevados cachês e, quem sabe, aprendam a ver o que fazem como ministério e não como profissão.

5. Não deixe também de valorizar o cântico congregacional. Uma igreja que adora a Deus unida pode experimentar a vida comunitária com muito maior comunhão e proveito do que aquela em que os membros são meros assistentes de culto. Vêm e vão sem nenhum comprometimento com a vida comunitária. 

6. De igual modo, pare de convidar pregadores renomados, os quais seguem a mesma linha dos cantores "profissionais" e chegam nas igrejas com os DVDs (ou CDs) da mensagem ainda a ser pregada já prontos para serem colocados à venda na porta da igreja por um preço bem módico. Quem sabe eles (sem cair também no terreno da generalização) da mesma forma aprendam e passem a servir e não buscar serem servidos.

7. Na ausência dos pregadores que não serão mais convidados, pare de "encher linguiça" durante os cultos, não mais ofereça "capim seco" às suas ovelhas, mas prepare-se para a cada culto ter sempre uma nova mensagem bíblica, cristocêntrica, sem apelar para os conhecidos e já surrados chavões, que alimente o povo e lhe aguce o desejo de voltar nos próximos cultos.

8. Pare de valorizar o formalismo da oração, que envaidece o coração farisaico, mas ensine a sua igreja o que significa orar e torne isso parte do metabolismo espiritual dos crentes de maneira que a oração, a conversa com Deus, profunda, livre e sincera, permeie tudo quanto a igreja faça.

9. Pare de promover eventos evangelísticos, mas faça com que a igreja encarne a paixão pelas almas e passe a empregar o velho (mas sempre novo) evangelismo pessoal como meio de alcançar os perdidos para Cristo. Uma boa maneira é estimular a cada um para que se comprometa a orar, fazer amizade e convidar os seus parentes, amigos e vizinhos com regularidade para que assistam os cultos e ouçam a Palavra de Deus, Não é preciso ir longe. O campo está perto de cada crente. Saiba que 99% das pessoas que frequentam a igreja, hoje, foram trazidas por alguém e não por um "programa".

10. Valorize os cultos nos lares, de maneira sistemática, sem se preocupar com nomenclatura. A igreja primitiva se reunia no templo e nas casas e a maioria absoluta das igrejas existentes tiveram início em reuniões familiares.

11. Pare de fazer conchavos políticos e buscar os favores de candidatos para esta ou aquela atividade. O custo não vale a pena, compromete a voz profética e gera insatisfação entre os crentes. A melhor coisa que uma igreja faz é realizar as suas atividades com a própria receita. Quem quiser contribuir, que o faça em oculto, quando os diáconos passarem com as salvas ou quando os crentes forem chamados ao gazofilácio.

12. Resista a tentação de não cumprir as propostas acima. Sempre haverá os insatisfeitos que forçarão a barra. O risco é grande de você quebrar o compromisso, mas a perseverança é companheira dos que querem alcançar os seus objetivos. Portanto, siga em frente, olhando apenas para Jesus. Você não será decepcionado.

Conclusão

Posso afirmar com segurança, que, com essas decisões, entre tantas outras que podem ser tomadas, sua igreja, ao final de um ano, terá progredido muito mais em todos os sentidos do que se você insistir com esse sistema carcomido que muito aparenta, mas pouca eficácia tem para a igreja como corpo vivo de Cristo na terra.

Experimente e depois nos conte.


Pr. Geremias Couto - Comentarista da revista "Lições Bíblicas" para a Escola Dominical, publicada pela CPAD, pastor evangélico, presidente da Omega Mission Ministry.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

UM MANDAMENTO COM PROMESSA


"Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra". Efésios 6:2-3


A palavra honrar na língua portuguesa significa: Prestar honra e respeito a alguém; fazer distinção, mercê, consideração.

No texto mencionado a palavra grega para honra significa: reverenciar, estimar e valorizar. Portanto, honrar é dar respeito não apenas pelo mérito, mas pela posição.

Honrar seu pai e mãe deve ser demonstrado através de palavras e ações que surgem de uma atitude interior de estima e respeito pela posição que ocupam. 

Honrar no contexto bíblico esta ligado a obediência, a submissão, veja: "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo". Efésios 6:1

Esse princípio bíblico expressa a vontade de Deus que já estava exposto nos 10 mandamentos (Ex 20.12). Durante a época do Velho Testamento, falar mal contra os pais ou rebelar-se contra as suas instruções resultava em punição capital (pena de morte), vide (Êxodo 21:15-17). Até Jesus, submeteu-se aos Seu pais terrenos (José e maria) e ao seu Pai Celestial. (Mateus 26:39; Lucas 2:51). 

É importante ressaltar que devemos honrar nossos pais, tanto com nossas ações como com nossas atitudes (Marcos 7:6). Devemos Honrar seus desejos, tanto os que eles já expressaram, quanto os que não expressaram verbalmente. veja: "O filho sábio ouve a correção do pai, mas o escarnecedor não ouve a repreensão". (Pv 13:1).

A honra esta ligada a submissão, logo quem não honra seu pai e sua mãe, com atitudes e ações é rebelde, lembrando que rebeldia é como pecado de feitiçaria (I Sm 15.23).

Muitos filhos atualmente agem como os fariseus. Eles honravam seus pais com palavras, mas suas ações provavam o verdadeiro motivo de seus corações. (Mateus 15.3-9). Honrar é mais do que da boca pra fora. A palavra honra nessa passagem é um verbo e, como tal, exige uma escolha/ação correta.

Honra apenas de palavras não é honra, mas a verdadeira honra exige uma ação, uma atitude de submissão voluntária e amorosa, pois há admiração, respeito e gratidão. Carrega consigo uma preocupação em agradar e fazer a vontade de seus pais. 

Filhos obedientes a Deus, são obedientes a seus pais. Essa ordenança ou mandamento vem de Deus, portanto carrega consigo uma recompensa:

Primeira recompensa, esta no próprio texto: "... Para que te vá bem...". Deus promete aos filhos que honram seus pais, que Ele mesmo (Deus) dará auxilio para que em sua vida tudo corra bem, em outras palavras será abençoado por Deus. Quando você necessitar de algo e for orar, pedindo a Deus algo Ele se lembrará dessa promessa e te auxiliará, pois honra gera honra.

Segunda recompensa, também está no texto: "... e vivas muito tempo sobre a terra...". Deus promete ao filho que honra seus pais longevidade de vida com saúde e paz, pois viver muito sem saúde e paz, não seria benção. O Salmista enxergava isso como benção de Deus: "...E verás os filhos de teus filhos..." Salmos 128:6. 

Que Deus nos abençoe! Filhos, honrem seus pais enquanto eles estão com vocês, pois esse mandamento de Deus vem com promessa. 

Sola Scriptura

Pr Pedro Pereira