“Porque
pela Palavra de Deus e pela oração é santificada. Propondo estas coisas
aos irmãos, serás bom ministro de Jesus
Cristo, criado com as palavras da fé
e da boa doutrina que tens seguido”. I Tm 4.5,6
“E
que desde a tua meninice sabes as Sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,
para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem
de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra”. II Tm 3. 1-17
“CONJURO-TE,
pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os
mortos, na sua vinda e no seu reino, que
pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina...”.
II Tm 4 1-3ª
“De sorte que a fé
é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus”. Rm 10.17
Pelo conteúdo acima, além de outros não citados, percebemos a importância da pregação da Palavra de Deus, como alimento e fortalecimento espiritual para a vida da igreja.
A pregação da Palavra de Deus foi o meio prescrito por Deus para salvação, santificação e fortalecimento da Igreja. A pregação da palavra produz fé, traz conhecimento da verdade, encoraja os crentes a terem esperança na vida eterna e também a suportarem o sofrimento. A pregação da Palavra de Deus é a ferramenta mais importante do Pastor, para o crescimento e edificação espiritual da igreja.
De forma panorâmica podemos destacar que a pregação da Palavra de Deus teve seu papel de destaque na história do povo de Deus. Vejamos:
No Antigo Testamento é notório que a renovação, a comunhão
com Deus, o arrependimento e a aproximação de Deus era precedida do retorno as
Escrituras Sagradas:
No tempo do Rei
Josias,
o sumo sacerdote Hilquias, achou as Escrituras ora esquecida pelos antecessores
de Josias, vejamos: “...Achei o livro da
lei na casa do SENHOR...” II Rs 22.8; esse Livro foi lido (pregado) e resultou
em um grande avivamento e retorno de Israel ao Senhor Deus, vejamos: “Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei,
dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei.
Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as
palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes. E o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a
Acbor, filho de Micaías, a Safã o escrivão e a Asaías, o servo do rei, dizendo:
Ide, e consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se
achou; porque grande é o furor do SENHOR, que se acendeu contra nós;
porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de
nós está escrito”. II Rs 22. 10,11, 13
No tempo de Esdras e
Neemias
o arrependimento e o retorno a Deus foi precedido pela pregação das Escrituras,
vejamos: “E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação,
tanto de homens como de mulheres, e
todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês. E leu no
livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até
ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos
de todo o povo estavam atentos ao livro
da lei. E Esdras, o escriba, estava
sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé
junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e
Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana,
Zacarias e Mesulão. E Esdras abriu o
livro perante à vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo;
e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou ao SENHOR, o grande
Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e
inclinaram suas cabeças, e adoraram ao SENHOR, com os rostos em terra. E Jesuá,
Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias,
Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas
ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar. E leram no livro, na
lei de Deus; e declarando, e explicando
o sentido, faziam que, lendo, se entendesse. E Neemias, que era o
governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao
povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então
não vos lamenteis, nem choreis. Porque
todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei”. Neemias 8. 2-9
“E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do SENHOR seu Deus
uma quarta parte do dia; e na outra
quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao SENHOR seu Deus”. Neemias 9.3
No Novo Testamento o próprio Jesus
dedicou todo seu ministério pregando e ensinando a Palavra de Deus. A pregação
também foi primordial no ministério da Igreja primitiva, podemos citar homens
que enfatizaram a pregação como o grande Apóstolo Paulo, Pedro, Barnabé, Apolo,
Felipe, Estevão, etc.
Observamos também ao
logo da história da Igreja a forte ênfase na pregação, como na Reforma do sec
XVI, no Avivamento Puritano do Sec XVII, na Inglaterra e no grande avivamento
do Sec XVIII, a pregação poderosa do Sec XIX, com Charles Spurgeon, Joseph
Parker, Alexander Maclaren, Alexander Whyte, etc.
Enfim, é notório que
sem a ênfase na pregação da Palavra de Deus a igreja perde a sua força, perde
seu crescimento sadio, sua comunhão se torna prejudicada e consequentemente
torna-se um alvo fácil para o diabo. Sem a pregação da Palavra de Deus, como
elemento central, estaremos gerando cristãos fracos na fé, sem forças para
reação as adversidades, desnutridos e mornos espiritualmente e presas fáceis às
heresias ou desvios doutrinários.
Com isso, o que nos chama a atenção é que nesses últimos tempos, mesmo com toda a importância no tocante a pregação da Palavra de Deus temos notado infelizmente, cada vez mais, a escassez do tempo para a ministração da Palavra de Deus, nos nossos cultos.
Hoje, o que temos observado é que se tem tempo para tudo, menos para a ministração da Palavra de Deus, canta um, canta outro, canta um conjunto, canto outro, toca uma banda, toca outra, se apresenta peças teatrais, testemunhos que são mais “tristemunhos” do que outra coisa... E quando se vê não há mais tempo para a ministração da Palavra de Deus. Que pena!!!
Quanto ao Pregador se escolhe qualquer um, mesmo sem ter sido avisado para o devido preparo, mesmo que não seja vocacionado e ainda lhe diz o velho “chavão”: “Olha irmão, não há mais tempo... fala ai uns 10 ou 15 minutinhos e está bom... ” Que Pena!!!
Sabemos que Deus fala de diversas formas, através dos louvores, dos testemunhos, etc... Mas no momento da pregação da Palavra é onde Deus usa seus ministros, chamados e vocacionados para alimentar seu rebanho, fortalecê-los, ajudá-los, renová-los, e ainda resgatar os perdidos, ensinar os incautos, etc.
Fica aqui meu alerta, uma igreja saudável tem adoração, testemunhos, ofertas, mas prioritariamente tem tempo adequado para a ministração da Palavra de Deus.
Ainda quanto ao Pregador ressalto que não deve ser escolhido apenas aquele que fala bem, ou aquele que se veste bem, ou ainda porque é um assíduo cooperador, mas aquele que é chamado, vocacionado e separado por Deus para esse ofício nobre, como o Pastor, o Evangelista, O Profeta, O Mestre, o Doutor da Palavra... O Ministro do Evangelho. Ef 4.11-15.
Por tudo isso, o
grande pregador e Apóstolo Paulo orientou seu cooperador e amigo Timóteo: “CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
reino. Que pregues a palavra,
instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã
doutrina... “. II Tm 4. 1-3ª
É isso, que Deus nos
abençoe. Sola Scriptura.
Pr Pedro Pereira