quarta-feira, 20 de abril de 2011

RESOLUÇÃO DA 40ª AGO DA CGADB SOBRE UNIÃO ESTÁVEL E DIVÓRCIO - TEXTO NA ÍNTEGRA


RESOLUÇÃO DO PLENÁRIO DA CGADB Nº 001/2011

Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, no uso de suas atribuições e de conformidade com o disposto no art. 3º, III, IV c/c o art. 8º, I, do Estatuto Social;
Considerando a existência de Ministros, membros da CGADB, em situação de Divorcio;
Considerando a necessidade dessa Convenção Geral em traçar normas que regulamentem a situação ministerial dos seus membros, no sentido de preservar e manter os princípios morais e espirituais que embasam a doutrina das Assembléias de Deus no Brasil;
Considerando que é dever dessa CGADB zelar pela observância da doutrina bíblica e dos bons costumes dos membros das Assembléias de Deus, em todo território nacional, sem prejuízo da atuação das respectivas Convenções Estaduais;
RESOLVE:
Art. 1º A CGADB só reconhece o Divórcio no âmbito ministerial de seus membros, nos casos de infidelidade conjugal, previstos na Bíblia sagrada e expressos em Mt. 5:31-32; 19:9, devidamente comprovados.
Art. 2º. As Convenções Estaduais deverão esgotar todos os esforços possíveis no sentido de promover a reconciliação do Ministro e sua esposa, antes de serem ajuizadas Ações de Divórcio.
Art. 3º. Esta CGADB não reconhece, no âmbito da vida ministerial de seus membros, a situação de União Estável.
Art. 4º. O Ministro, membro desta CGADB, divorciado nos termos do disposto no art. 1º. desta Resolução ou no caso, onde a iniciativa do divórcio partir da sua esposa (1 Co 7: 15), poderá permanecer ou não, na função ministerial, decisão essa, que ficará a cargo da Convenção Estadual da qual é filiado, facultando-se-lhe o direito de recurso para Mesa Diretora e para o para o Plenário desta Convenção Geral.
Parágrafo 1º. O Ministro, vítima de infidelidade conjugal por parte de sua esposa, poderá contrair novas núpcias, respeitados os princípios bíblicos que norteiam a união conjugal, nos termos da permissibilidade concedida por Cristo, em Mateus 5. 31 e 32; 19. 9, ficando cada caso a ser examinado e decidido pelas Convenções Estaduais.
Parágrafo 2º. Quando o Ministro der causa ao divórcio, a sua permanência ou retorno ao ministério dependerá de exame e decisão da Convenção Estadual, facultando-se-lhe ampla defesa, sendo-lhe também assegurado recurso para a Mesa Diretora e para o plenário da Convenção Geral.
Art. 5º. O Ministro, membro desta CGADB que acolher Ministro divorciado sem a observância do disposto na presente Resolução, será responsabilizado disciplinarmente, no âmbito desta Convenção Geral.
Art. 6º. Ficam os Presidentes de Convenções e demais membros desta CGADB autorizados a divulgar entre a membresia das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em todo o território nacional, o inteiro teor desta Resolução.
Art. 7º. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação no “Mensageiro da Paz”, órgão oficial de publicação dos atos desta Convenção Geral.
Art. 8º. Revogam-se a resolução 001/95, de 29 de Janeiro de 1995 e demais disposição em contrário.

Plenário da 40ª Assembléia Geral Ordinária da CGADB em Cuiabá(MT), 13 de abril de 2011.

Pr. Esequias Soares da Silva
Presidente da Comissão Especial

Pr. Everaldo Morais Silva
Relator da Comissão Especial

Pr. Ricardo Moraes de Resende
Secretario Ad Hoc da Comissão Especial

domingo, 10 de abril de 2011

Púlpito, lugar de se pregar a Palavra de Deus.

Hoje pesquisando no dicionário a palavra púlpito fiquei preocupado, pois encontrei no seu significado o seguinte: "Tribuna de onde pregam nos templos, lugar de oradores sagrados, lugar de eloquência sagrada...". Bom, não há nada de errado no significado, mas se observarmos na prática encontraremos um paradoxo, será que nossos púlpitos estão sendo usados para pregar somente a santa Palavra de Deus? É com imensa tristeza que sou obrigado a relatar que não; nem todos os púlpitos estão sendo usados para pregar a Palavra de Deus. Primeiro porque em muitos lugares ou igrejas a Palavra de Deus já não é mais prioridade, ou seja, o tempo a Ela reservada é tão pequeno que o pregador não tem tempo para decliná-la como deveria, a prioridade é cantar, dançar, shows, apresentações, etc, mas a Palavra de Deus fica para o fim, mas só se sobrar tempo, isso é lamentável! Em Segundo lugar observamos que homens despreparados, pessoas desabilitadas (entenda: não chamadas por Deus, mas convencidas por alguém que são chamadas) tomam as tribunas e a utilizam de forma vulgar e profana, isto é, usam o púlpito para desabafar suas frustrações, suas vinganças, sua auto promoção, seus desvarios, despejam suas iras, falam para machucar de forma dolosa, atacam, ferem, destroem; tudo em nome de "Deus" e ainda dizem que foi o "espírito santo" que os mandou dizer. isso também é lametável! Será que passarão impunes? Será que não colherão o que estão plantando? Certamente que pagarão, pois Deus não se deixa escarnecer, o que o homem semear isso também ceifará (Gl 6.7). Jesus disse que da mesma medida que se mede vos medirão também (Lc 6.38). E em terceiro lugar encontramos pessoas que sem a chamada de Deus, foram separadas por homens que não tinham a preocupação de buscar a orientação de Deus, ou escolheram pela aparência, erro comum, ou por outros interesses, como prêmio a bajuladores, presente para pessoas amigas, e coisas deste tipo, que infelizmente eacaba enchendo os nossos púlpitos de pessoas desqualificadas, sem vocação divina e que quando assumenm a tribuna santa, em vez de pregarem a Palavra de Deus, dizem besteiras, mensagens sem conteúdo divino, palavras vazias, estórinhas de carochinhas, etc, que não alimentam, não produzem fruto de arrependimento, não trazem saúde espiritual e não edificam. Isso também é lamentável. Bom, voce poderia me perguntar e onde estão os vocacionados, os chamados, eu lhe responderia estão em minoria por ai, resistindo na contra mão, tentando fazer o que foram chamados para fazer, até que um "Saul" os encontre e os ponham em fugida, só não morrem porque Deus esta guardando, mas após a perseguição vão fazer parte da maioria dos chamados, permanecerem escondidos em "cavernas de Adulão", tolhidos de pregarem nos púpitos, sem espaço para falarem e ensinarem. Isso é lamentável!! Enquanto isso o povo esta sedento e faminto de ouvir uma mensagem de Deus. Que o Senhor tenha misericórdia de nós! Mas o que é pregar a Palavra de Deus, vamos recorrer ao texto bíblico: "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça...".

A Palva de Deus deve ser proveitosa, ou seja útil, para:
- ENSINAR - não doutrinas de homens, com um monte de regras e costumes que só satisfazem o desejo da carne daquele homem (Cl 2. 20-23), usando argumentos alheios as Escrituras e até textos isolados, mais baseados na "tradição" do que na verdade da Palavra de Deus. Que mais servem para matar, entristecer, separar irmãos, do que qualquer outro benefício, levando a uma falsa santidade que na verdade é hipócrita; mas a Palavra de Deus serve para ensinar o homem a verdadeira vontade de Deus, a verdadeira santidade, o verdadeiro amor, a verdadeira alegria, o verdadeiro caminho para o céu. Quando ensinamos a Palavra de Deus o triste sai alegre, o doente sai curado, o perdido sai salvo; a palavra de Deus promove e ensina o caminho da unidade, da caridade, da fraternidade; que bom, quando somos ensinados na verdadeira Palavra de Deus.
- REPREENDER - de forma deturpada alguem pode usar isso para atacar, ferir e machucar as ovelhas de Deus, mas repreender significa admoestar, advertir, censurar, porém, com o tempero de Deus, com amor, paciência, cuidado. Isso não autoriza ninguém usar o púlpito para de forma dolosa descarregar fúria, ira, ou coisa parecida; repreender é adverti-lo do erro, levar o pecador a meditar na palavra de Deus e através do Espírito Santo sentir arrependimento que gera a conversão. Pedro preocupado com isso, pois os desabilitados por Deus poderiam achar que por terem um cajado devem ferir, devem bater  e até espantar as ovelhas, como frases infelizes que ouvimos outro dia "foi embora porque não prestava", eu só queria perguntar quem é que presta? Quem é justo? Quem é que Deus achou bom? Porisso, o Apostolo Pedro advertiu: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória..." (I Pd 5. 2,3). Quando a Palavra de Deus é pregada com amor, com temor, com empatia e exemplo. os que ouvem e são de Deus se arrependem e se convertem; Lembrando que quem repreende é Deus e não o homem.
  - CORRIGIR - quando a verdadeira Palavra de Deus é pregada, Deus corrige, não é o pregador que corrige, mas é Deus. A palavra de Deus é santificadora, é trasformadora, gera em nós desejo de mudar, através do Espírito Santo. Mas, quando aquilo que é falado no púlpito não vem de Deus, não é a Palavra de Deus, ou ela gera em nós sentimento contrario, ou não produz nada. Porisso, observamos pessoas com anos e anos dizendo-se cristãos, frequentando cultos, onde cantam, dançam, pulam, repetem jargões para agradar o pregador, como por exemplo: "fala mesmo Jeová..., queima ele Jeová, etc", mas vivem um cristianismo raso, sem frutos do Espírito, vivem na carne, produzindo frutos da carne como: fofocas, brigas, contendas, divisões, porfias, emulações, invejas, traições, adultérios, etc. Mas quem ouve a Palavra de Deus e as praticam são corrigidos por Deus para a salvação.
- INSTRUIR EM JUSTIÇA - instruir é esclarecer, ensinar, adestrar. A Palavra de Deus tem poder para nos esclarecer a verdade, a justiça e nos treinar a praticá-la. Quando nos falta a verdadeira Palavra de Deus estamos propícios a inverter valores justos. Uma igreja que seu púlpito é carente da verdadeira Palavra de Deus pode gerar um povo despreocupado com a justiça, embora o tema é bastante amplo e não há como decliná-lo com toda sua essência, me limito a dizer que onde falta a justiça, onde o que é justo fica em segundo plano, certamente ali falta a Palavra de Deus. Por obervação vemos lugares e igrejas onde o que prevalece é o pragmatismo, ou seja, o que vale é o que dá certo, mesmo se aquilo não for o que é justo, ou que Deus delina na sua palavra. Vou dar um exemplo prático: um pregador qualquer que precisa aumentar sua arrecadação na sua igreja, as vezes até para satisfazer sua auto promoção com construções faraônicas, a fim de deixar sua marca, começa a pregar e usar a palavra de Deus para manipular o povo, de forma sútil, dizendo que quem não contribuir esta roubando a Deus, vai ser infestado de maldições, ou artifícios parecidos, só para atingir seus objetivos; pergunto, mas é isso mesmo que a Palavra de Deus ensina? É isso mesmo que Deus quer? Bom, no raciocínio deles não importa, o que importa é que o povo com medo aumentará suas contribuiçoes e o objetivo será atingido, "tudo em nome de Deus". Pergunto é justo? Mas, onde há a verdadeira Palavra de Deus a proridade é a justiça e não o que deve ser feito para atingir o objetivo, vivem dizendo a famosa frase "os fins justificam os meios". Isso é lamentevel!!! Isso é inversão de valores. Outro exemplo prático, muito usual entre algumas lideranças é medir o trabalho de um Pastor pela arrecadação da sua igreja, ou pelo número de pessoas que congregam na sua igreja, isso é pragmatismo, inversão de valores. Sou do tempo que se media um Pastor pela sua integridade, pelo seu zelo com a verdade da Palavra de Deus, pela sua vida piedosa, pela sua mensagem, se era bíblica ou não; mas o que vemos é que essas coisas são o que menos importam. Quem disse que uma igreja que tem uma entrada de arrecadação com valores altos é uma igreja que Deus aprovou? Uma igreja aprovada por Deus pode ter uma entrada de altos valores, amém por isso; mas, isso não pode e nem deve ser uma regra, pois a muitos outros meios de se atingir essas metas sem isso ser resultao da aprovação de Deus. Vejamos o texto onde o Espírito Santo alerta a igreja rica de Laodicéia:  "...Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. (Ap 3. 17,18). Em uma sociedade consumista, onde o ter é mais importante do que o ser, pode ate ser razoável essa linha de pensamento, mas na igreja de Deus, onde o forte é fraco, o que não é, para Deus é, o que perde para Deus ganha, o pobre para Deus é rico, essa linha de pensamento não subsiste. Outrossim, quem disse que um grande número de pessoas em uma determinada igreja é sinal de aprovação de Deus. Pode uma igreja aprovada por Deus ter um número elevado de pessoas, mas isso não é a medida de aprovação de Deus. Existem seitas, pregando doutrinas de demônios onde seus oráculos estão superlotados, inclusive por analogia o caminho estreito sempre tem menas gente, já pelo caminho largo e da perdição sempre tem mais gente, o prórpio Jesus disse isso, em Mt 7.13. O que quero dizer com isso é que precisamos rever alguns conceitos impregnados nessa sociedade corrompida. Agora, onde há pregadores que pregam a verdadeira Palavra de Deus, pode até não ter um número elevado de pessoas, mas os que ali estiverem serão instruidos em justiça, serão levados a praticar a justiça. Que Deus nos abençõe e que em nossos púlpitos sejam pregada a verdadeira Palavra de Deus, que saiam os mesquinhos, os desqualificados, os despreparados, os convidados a serem pregados; e dêem lugar aos vocacionados, os chamados, aqueles a quem Deus pôs por atalaias da verdade. Amem! Que os interesses individuais, que os interesses pessoais possam dar lugar aos interesses do Reino de Deus.

Pr Pedro Pereira