sábado, 26 de março de 2011

O PASTOR, A OVELHA POBRE E A OVELHA RICA

Era uma vez um pastor que dizia amar suas ovelhas.

Um certo dia, uma ovelha "pobre" e magra, que não produzia muita lã, cansada de viver sob os cuidados do pastor, que na prática não demonstrava o amor de que tanto falava, resolveu sair daquele aprisco para um outro.

O pastor "amoroso", ao ficar sabendo dos fatos ficou indignado, mas, como a ovelha "pobre" e magra não produzia muita lã, deixou o caso de mão.

Com saudades dos parentes e amigos que havia deixado no antigo aprisco, a ovelha "pobre" e magra resolveu voltar. Quando a notícia chegou aos ouvidos daquele "amoroso" pastor, sua ação foi imediata: - Esta ovelha que abandonou o seu lugar será disciplinada de forma exemplar. Assim aconteceu.

Durante o período da disciplina, triste e amargurada, a ovelha "pobre" e magra morreu (literalmente).

Havia também no mesmo aprisco do pastor "amoroso", uma ovelha "rica" e gorda que produzia muita lã. Certo dia, motivada pelas mesmas razões da ovelha "pobre", a ovelha "rica" procurou refúgio no aprisco onde a ovelha "pobre" se refugiara.

Um fato curioso aconteceu. O pastor "amoroso", diferentemente do primeiro caso, não cessava de assediar a ovelha "rica" e gorda, convidando-a insistentemente para retornar ao aprisco de origem, afirmando que o seu lugar continuava vago.

O tempo passou, e diante de tanto assédio, a ovelha "rica" e gorda resolveu voltar. Em vez da aplicação de uma disciplina exemplar, o pastor "amoroso" a tomou nos braços e agiu como se nada tivesse acontecido.

Amados leitores, o pastor "amoroso", a ovelha "rica" e a ovelha "pobre", são personagens da vida real.

"Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas." (Ez 34.1-3)


Fonte: Blog do Pr Altair Germano

domingo, 20 de março de 2011

A BÍBLIA E O CHEQUE DO CARRO

Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e o comportamento eram uma decepção para seus pais que sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido. Um belo dia, o bom pai lhe propôs um acordo: Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular para a Faculdade de Medicina, lhe darei então um carro de presente. Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho. Passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação. Sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o automóvel. Isso era mau! O rapaz seguia os estudos e aguardava o resultado de seus esforços. Assim, o grande dia chegou! Fora aprovado para o curso de Medicina. Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel. Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa, o presente era uma Bíblia. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse. A partir daquele dia, o silêncio e distância separavam pai e filho. O jovem se sentia traído e, agora, lutava para ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Raramente mandava notícias à família.
O tempo passou, ele se formou, conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia o velho, muito triste com a situação, adoeceu e não resistiu. Faleceu. No enterro, a mãe entregou ao filho, indiferente, a Bíblia que tinha sido o último presente do pai e que havia sido deixada para trás. De volta à sua casa, o rapaz, que nunca perdoara o pai, quando colocou o livro numa estante, notou que havia um envelope dentro dele. Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque. A carta dizia: "Meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A Bíblia Sagrada. Nela aprenderás o Amor a Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência". Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto.
Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isto leva a erros terríveis e a um fim ainda pior. Antes que seja tarde, caro leitor, perdoe aquele a quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado, vai ver que há também um "cheque escondido" em todas as adversidades da vida.

Autor Desconhecido

sábado, 12 de março de 2011

Os Improváveis
"Se analisássemos a vida de todos os homens e mulheres que foram chamados e usados por Deus, observaríamos que cada um deles, aos olhos humanos, teriam pelo menos um motivo para não serem escolhidos como líderes e cooperadores na obra do Senhor.
A estabilidade econômica de Abraão nos levaria a pensar que ele não aceitaria o desafio de sair sem saber para onde.
Os artifícios de Jacó nos faria entender, que um caráter duvidoso como o seu, não o tornaria confiável.
A auto-suficiência de Moisés nos sinalizaria problemas em suportar as pressões do dia-a-dia.
O sentimento de inferioridade de Gideão nos faria duvidar de sua capacidade de liderança.
A inclinação de Sansão por mulheres estrangeiras nos levaria a reprová-lo de imediato.
Pelo fato de se tratar de uma mulher, não daríamos à Débora credibilidade alguma.
A disposição de Davi em submeter-se aos seus superiores nos faria pensar que teria dificuldades para tomar iniciativas.
Os lábios impuros de Isaías nos conduziria a desqualificá-lo para o ministério profético.
A meiguice e a amorosidade de João nos fariam duvidar de sua grande coragem.
A instabilidade emocional de Pedro não nos permitiria perceber seu sincero desejo de acertar.
A intelectualidade e o zelo religioso de Paulo provocariam em nós dúvidas quanto a possibilidade de ser removido de suas crenças, e do seu compromisso com o farisaísmo judaico.
Diante dos olhos do Senhor, e mediante o seu poder, misericórdia e graça, na vida destes personagens e em nossas vidas, o improvável se tornou possível, e o possível se tornou real."
"Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;" (1 Co 1.27)."

Este artigo foi retirado do blog do Pr Altair Germano, achei interessante, portanto resolvi compartilhar com os que me seguem neste blog.


Pr Pedro Pereira

domingo, 6 de março de 2011

O EQUILIBRIO, SÍMBOLO DE UM CRISTIANISMO SADIO.

Outro dia lendo as Escrituras me chamou a atenção dois textos: o primeiro, "Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?" (Ec7.16). O Segundo, "Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei." (Gl 6.22,23).
Me pareceu tão claro as orientações das Escrituras para um cristianismo sadio, sem hipocrisia, fanatismo faccioso, etc,que serve só para satisfazer a vontade de alguns líderes exclusivistas, soberbos e egocêntricos. É interessante como as massas são facilmente manipuladas por palavras falaciosas e carregadas de fanatismo cego, que levam os leigos ao delírio, culminando com fervorosos "aleluias" e "glórias a Deus", quando falam dos seus usos e costumes exagerados, vejamos o que diz Paulo: "Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne." (Cl 2.20-23).
Por outro lado temos os libertinos que trafegam na contra mão, ou seja, com suas distorcidas visões do cristianismo levam o povo ao caminho da profanação, não buscam a santidade e pregam um falaciosa "liberdade" que leva o povo a destruição e pecado (sensualidade, falta de moral e respeito e sem compromisso com a verdade), para estes Paulo também tem um conselho: "Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios. Ou provocaremos a zelos o Senhor? Somos, porventura, mais fortes do que ele? Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. Ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o de outrem.
" (I Co 10. 21-24).
Nesses anos em que sirvo a Deus tenho deparado com situações que me deixam triste, nunca vi tanto "meio" de separação entre o povo de Deus como o fanatismo (usos e costumes exagerados), que só servem para cegar o verdadeiro brilho do Evangelho; quanto mais fanático, mais se acha no direito de julgar as pessoas e condená-las, conseguem dividir a comunidade cristã em duas categorias, as dos "cristãos" de primeira classe (os fanáticos) e os "cristãos" de segunda classe (os outros). Entenda, os de segunda classe, não são aqueles que por uma infelicidade pecaram contra o senhor, não senhores, mas, para eles os de segunda classe são aqueles que se recusam a viver no fanatismo exarcebado e farisaico, seguindo um monte de regras de homens, como por exemplo: se usar meia vermelha vai para o inferno, se usar gravata vermelha vai para o inferno, se usar paleto aberto atrás vai para o inferno, se as irmã colocarem presilhas nos cabelos vão para o inferno, absurdos como estes, que vem da mente de pessoas descompromissadas com a verdade, pois trocam o essencial (doutrina bíblica), por coisas superficiais (doutrinas de homens). Ensinam coisas que a bíblia não diz, usam textos isolados do contexo e forçam interpretações absurdas. Me lembro uma vez onde um velho Pastor amigo me disse "O evangelho é simples quem complica são os homens". 
Com isso, analisemos alguns aspectos:

Sobre Vestimenta:

À luz da Bíblia é impossível afirmar que a mulher ou o homem não deve usar determinada vestimenta.
O homem no princípio de sua existência andava nu (Gn 2.25). As primeiras roupas que usou eram feitas de peles de animais (Gn 3.21). Subseqüentemente os materiais empregados no fabrico de vestimentas eram a lã (Gn 31.19; Lv 13.47; Jó 31.20), o linho (Ex 11.31; Lv 16.4), o linho fino (Gn 41.42) e finíssimo (Lc 16.19), a seda (Ez 14.10,13; Ap 18.12), o saco de cilício (Ap 6.12), e as peles de camelo (Mt 3.4).
As peças essenciais dos trajes do homem e da mulher eram duas: Uma túnica, espécie de camisa de mangas curtas, chegando até aos joelhos (Gn 37.3; 2Sm 13.18), às vezes tecida de alto a baixo e sem costura (Jo 19.23, 24), cingida por um cinto; eram iguais para ambos os sexos, a diferenciação estava no estilo e na forma de usá-las.
Outra peça consistindo em um manto (Rt 3.15; 1Rs 11.30; At 9.39) feito de um pano de forma quadrada, guarnecido de fitas (Nm 15.38; Mt 23.5). Punha-se sobre o ombro esquerdo, passando uma das extremidades por cima ou por baixo do braço direito.
A parte inferior do baixo manto chama-se orla (Ag 2.12; Zc 8.23). As vestes as dos profetas eram de peles de ovelhas, ou de cabritos (2Rs 1.8; Zc 3.4; Hb 11.37) e também de peles de camelo (Mt 3.4).
Outra peça de roupa era às vezes usada entre a túnica e a manta, por pessoas de distinção, e oficialmente pelo sumo sacerdote (Lv 8.7; 1Sm 2.19; 18.4; 24.4; 2Sm 13.18; 1Cr 15.27; Jó 1.20). Era uma veste comprida sem mangas, apertada na cinta. Os cintos serviam para facilitar os movimentos do corpo e eram feitos de couro, linhos crus ou finos (2 Rs 1.8; Jr 13.1; Ez 16.10), muitas vezes bem elaborados com decorações artísticas (Ex 18.39; 39.29; Dn 2.5; Ap 1.13).
A espada era levada à cinta e o dinheiro também (Jz 3.16; 1Sm 25.13; Mt 10.9). Fora de casa traziam sandálias, sapato rudimentar, feitas com uma sola de madeira ou de couro (Ex 16.10) apertadas aos pés nus por meio de correias, passando pelo peito do pé e à roda dos artelhos (Gn 14.23; Is 5.27; At 12.8).
O povo comum andava com a cabeça descoberta. Às vezes traziam turbantes (Jó 29.14; Is 3.20; Ez 23.20). O véu era usado pelas mulheres em presença de pessoas estranhas (Gn 24.65; Ct 5.7) se bem que muitas vezes elas saíam com as faces descobertas (Gn 24.16; 26.8).
Os santos são sensíveis à voz do Espírito Santo e antes de usar determinadas vestes, procuram conhecer a vontade de Deus. Não é conveniente ao homem usar roupas sabidamente femininas  e vice e versa.
As mulheres devem vestir-se com sabedoria visando apenas a edificação do próximo, jamais, despertar a sensualidade ou desejos lascivos. Vestes transparentes, decotes profundos, saias e blusas curtas, calças apertadas (justas) e toda a espécie de roupas que mostram ou marcam o corpo despertando a sensualidade devem ser rejeitadas. Alegar que calça comprida é roupa de homem e mulher não pode usar é o cúmulo do absurdo, pois,  o corte da calça feminina é completamente diferente da masculina, portanto há calças que são para mulheres, não dá para os homens vestirem e vice versa.
Agora é preciso cuidado com os extremos, pois, o uso de vestidos e saias cobrindo os tornozelos, blusas com mangas até os pulsos e golas à altura do pescoço (o famoso uniforme evangélico), não é sinal de santidade, mas, geralmente desperta a rejeição no próximo impedindo que exalemos o bom perfume de Cristo.
O uso de roupas de "marca" ou "etiqueta" não são pecado, mas de modo geral é um canal aberto para o devorador (são caríssimas) e desperta no coração a chamada vaidade. Basicamente, quem usa uma roupa de griffe o faz para que o próximo veja, isso sim não seria conveniente ao cristão. O povo de Deus não deve ser levado pela "moda", ou pelo que a "moda" dita, mas devem optar pela simplicidade (aquilo que não desperta a sensualidade), vejamos: "Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! (isso não é o primordial, grifo nosso) Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!" (isso é o primordial, grifo nosso) (1 Tm 2:9,10)

Jóias e Maquiagem

O uso de jóias e bijuterias não é errado, bibicamente falando, no entanto, é preciso que seu uso seja sensato. Os servos de Deus não devem se assemelhar à uma "perua". A ostentação, isso sim, é um pecado.
O uso de maquiagem não é condenado por Deus, no entanto, às mulheres precisam ser sensíveis ao Espírito e não optar por nada demasiadamente pesado. O equilibro se aplica também a esta área.
"Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros." (1 Pe 3.3). Tem mulheres que se preocupam tanto com o seu exterior que esquecem do mais importante, o seu interior (fruto do Espírito), não estamos dizendo com isso e nem o Apostólo Pedro, que a mulher não deve se arrumar, se sentir bonita, se enfeitar, mas devemos ter em mente o que Paulo disse: "Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.  Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem." (1 Co 10.23,24), em outra palavras o Equilibrio Cristão. 
O fanatismo chega ao extremo, a ponto de seus "pregadores" ensinarem que as mulheres não devem: usar perfume, se arrumar, se depilar, usar salto alto, e bobeiras como essas. Por anos, nós vivenciamos um sistema machistas nas igrejas, onde tudo, ou quase tudo era pecado, para as irmãs. Era um verdadeiro absurdo, por exemplo: as irmãs não podiam usar um brinco, um anel, um broche, mas viamos homens (Pastores, ensinadores, etc) usando seus broches em paletos, seus prendedores de gravatas, as vezes de ouro, seus anéis de formatura, etc. Será que a "bíblia" desses homens eram diferentes das "bíblias" das mulheres. É lógico que não, portanto, devemos nos ater e seguir as Escrituras e tão somente as Escrituras. Não podemos cair no mesmo engodo que cairam os Fariseus, que com o nome de uma "Santidade" colocavam fardos pesados ao povo, mas nem eles queriam carregar, viviam um vida de extremismos e de aparência, mas foram condenados de forma firme por Jesus, pois, colocavam as tradições (usos e costumes) em primeiro lugar, em detrimento as Escrituras, que é a coluna da firmeza e da verdade. 
Bom, com isso, espero ter contribuido para refletirmos sobre
esse assunto, que para muitos, por causa da falaciosa tradição (eu aprendi assim, sempre me ensinaram assim) tem sido difícil de se libertarem. 

"Soli Dei gloria"

quarta-feira, 2 de março de 2011

CASAMENTO, UNIÃO INDISSOLÚVEL

O casamento a luz das Escrituras é sem sombra de dúvidas para ser indissolúvel "assim deixará o homem o seu e sua mãe e unir-se -a a sua mulher e serão uma só carne"..."aquilo que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.5,6). Fui perguntado outro dia se era possível alguém se casar de novo. A pergunta é bastante superficial, pois o casamento sempre é possível, mas quem vai casar de novo? Porque esta casando de novo? o que aconteceu com seu primeiro casamento? São perguntas que devem ser analisadas antes de uma resposta correta, a luz das Escrituras. Portanto, vamos analisar o assunto de forma geral, mediante o que diz as Escrituras, deixemos de lado as tradições, os costumes, etc, e vamos verificar sem preconceito o que as Escrituras nos diz acerca deste assunto.
O que Jesus ensinou: Nos tempos de Jesus, o divórcio estava tão comum que por qualquer razão fútil, como por exemplo se uma mulher salgasse a comida do seu marido, ou simplesmente o marido achasse que sua mulher estava feia e não tinha mais a beleza do tempo que a havia conhecido, o marido poderia então dar-lhe uma carta de divórcio. O divórcio partia sempre da parte do homem, ou seja a mulher nunca poderia pedir o divórcio e se ela quisesse deveria infernizar a vida de seu marido e do Sacerdote, até o marido saturado dar-lhe a carta de divórcio. Nessa vulgarização do casamento que a mulher samaritana foi questionada por Jesus, pois já havia se casado 5 vezes. Bom nesse quadro lamentável os Fariseus questionaram Jesus, nosso Mestre, sobre o divórcio: "Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?". Porém, recebem como resposta o seguinte: "Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério."
Jesus deixa claro que nos planos de Deus o casamento é indissolúvel, mas por causa da dureza do coração do homem, ou seja, por causa do pecado, Moisés com o consentimento de Deus, permitiu o divórcio. Agora, como aquele que é maior que Moisés e esta em consonância com a vontade do Pai, Jesus nos ensina que o casamento é indissolúvel, mas abre uma exceção e ensina que o divórcio será permitido no caso de adultério (pornéia, no grego que significa todo tipo de pecado sexual ilícito, no caso aqui, adultério). Com isso depreendemos do texto que aquele que comete adultério quebra o compromisso do casamento e deixa a parte inocente livre para contrair outro matrimônio, se for o caso. 
Jesus, como sábio e bondoso Deus, sabia das dificuldades e da dor de uma traição, embora o caminho recomendado seja a reconciliação é certo que o próprio Jesus deixou aberta a possibilidade da parte inocente se libertar do compromisso, que de forma cruel, foi quebrado pelo outra parte. Já a parte culpada fica com a culpa e o preço pelo pecado. Portanto, fica claro nas palavras de Jesus que o divórcio, por motivo de incompatibilidade de natureza ou coisa parecida, não é permitido e se caso isso acontecer permanece sobre os envolvidos a condição de adúlteros, aos olhos de Deus.
O que Paulo ensinou: O grande apóstolo Paulo ensinou sobre o assunto quando escreveu aos irmãos de corintios (I Co 7. 10-15). Porém, para melhor compreensão, devemos ressaltar que Paulo orienta sobre o casamento em dois aspectos, o primeiro ele fala em relação aos casais cristãos e em segundo em relação aos casais mistos, ou seja, um cristão casado com alguém que não seja cristão. Na primeira situação Paulo e taxativo e não vislumbra a possibilidade de divórcio para o casal cristão, aqueles que conhecem a palavra de Deus e são convertidos ao cristianismo, exceto no caso que Jesus ensinou´, ou seja a infidelidade conjugal por parte de um dos cônjuges, mas fora isso não há possibilidade de divórcio; se porém houver separação de corpos ficam impedidos de contraírem outro matrimônio: " Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher." (I Co 7.10,11).
Agora na segunda situação Paulo se dirige aos casais mistos e orienta que se a outra parte, aquela que não é cristã, consente em continuar casado, não deve haver divórcio, o caso aqui é de uma pessoa que se converteu, após o casamento. veja que o apóstolo reconhece esse casamento como lícito, não devemos porém confundir com o cristão que procura um casamento com infiéis, o que não é lícito "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis...". Nesse caso Paulo orienta que o cristão deve permanecer casado com a parte que não é cristã, pois o seu testemunho e presença santifica a família, porém se a outra parte quiser o divórcio o cristão estará livre para contrair outro matrimônio, veja: "Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz." (I Co 7.15).A Palavra apartar-se aqui no original é divórcio. Paulo ainda reforça dizendo que Deus nos chamou para a paz, ou seja, não para viver sobre o jugo de uma pessoa que não tem temor de Deus.
Bom, em resumo o casamento é indissolúvel, havendo nessa regra apenas essas exceções para o divórcio: infidelidade conjugal e abandono por parte da cônjuge não cristão. Portando, respondendo a pergunta inicial se é possível casar-se de novo? A resposta é para o cristão somente nesse dois casos, infidelidade conjugal ou abondono pelo cônjuge descrente pois o casamento na ótica divina é indissolúvel.